Arquivo da tag: negócio

A guerra aos adblockers

A Folha de S.Paulo acaba de anunciar que impedirá o acesso a seu site para usuários que utilizem adblockers, ou seja, os bloqueadores de anúncios que inclusive são ofertados em versão padrão por alguns brownsers.

A medida já vinha sido discutida no âmbito da ANJ (Associação Nacional dos Jornais) e parte da conclusão lógica que, ao não ser exibida, a publicidade não poderá ser cobrada do anunciante.

Quase simultaneamente a Forbes americana divulgou um estudo que estima em US$ 12 bilhões as perdas dos veículos com essa funcionalidade até 2020.

Aqui cabem duas observações: a primeira, mais preocupante, é o fato de a publicidade ainda jogar esse papel tão determinante na sobrevivência de quem vende jornalismo e tem tanta dificuldade em se reinventar e criar novas receitas.

A segunda: o passo é natural e está longe de ser uma medida desesperada. É apenas mais um dos milhares de furos na tubulação em que o conserto, entretanto, é sempre incerto. É óbvio que é possível burlar esse tipo de iniciativa – e os usuários da rede provaram ano após ano que criar embaraços não é suficiente.

Afogue em números com a Apple

Em infográfico, os incríveis números da Apple

Facebook no controle

Às vésperas de abrir seu capital, o Facebook é ainda mais minucioso no que diz respeito à prospecção de novos negócios.

Controla sua plataforma a ponto de muitas vezes negar algum pleito dos usuários com um oracular “nós não queremos que você faça isso”. A desejada introdução do botão “não curti” não passa de ilusão pelo simples fato que Mark Zuckerberg não quer você negativando ninguém.

Com pouco mais de 42 milhões de usuários no Brasil (é praticamente a metade do grupo de brasileiros que tem acesso à internet), o Facebook novamente imporá a seus clientes uma mudança – a adoção definitiva da timeline como padrão do site, prometida para 1º de abril (será verdade?).

Hubs de tráfego (como celebridades e grandes empresas) interessam especialmente à companhia. São espécies de modelos das timelines que Zuckerberg considera ideais – e importante chamariz para destorcer o nariz dos usuários.

Num universo em que só 13% de seus amigos leem cada atualização publicada por você (a estimativa é do próprio Facebook), há uma verdadeira Transamazônica para ser explorada.