Em fevereiro de 2009 escrevi que um hipotético fim da imprensa formal significaria que a blogosfera (ainda não eram os tempos das redes sociais bombando) acabaria logo em seguida porque, afinal, “ela reproduz e vive a reboque dos veículos tradicionais”.
Levantamento feito agora pela Folha de S.Paulo durante as eleições de 2014 dá números a essa tese.
“Na amostra coletada pelo jornal, 61% dos compartilhamentos de links por usuários vieram de conteúdo publicado na mídia profissional em jornais, portais, TVs, rádios, sites de notícias locais ou imprensa internacional”.
O que há de sobra nas redes sociais é opinião. Jornalismo, que envolve principalmente apurar informações, como todos nós sabemos, ainda passa longe dos sites de relacionamento.
A questão de fundo é: e deveriam passar? Ou estamos falando apenas de relacionamento?
O propósito da Folha ao fazer levantamentos do tipo (não é o primeiro nem será o último) é mostrar de alguma forma que a mídia formal tem relevância. Parece ser uma disputa inútil: no final das contas, as pessoas sempre irão ganhar.
Então, o negócio é se juntar a elas.