Texto de Joaquim Ferreira dos Santos publicado originalmente em O Globo, reproduzido pelo Observatório de Imprensa.
“Penteia o teu último nariz de cera, JB, pede ao Joaquim Campelo para copidescar uma pirâmide invertida que está na página três, diz ao Gabeira para pesquisar a capa que o Alberto Dines fez do AI-5 – e desce a página para o túmulo dos grandes jornais.”
Mas tem o caminho apontado pelo repórter velho de guerra (meu contemporâneo setorista de seleção e quetais) Jorge Cordeiro.
“Transferir o jornal de mala e cuia para o meio digital, em vez de fechá-lo, é a meu ver pra lá de sensato _e estimulante!”
Acho auspicioso o rumo que o JB decidiu (por via das circunstâncias) tomar: transformar-se em 100% on-line.
Agora, tenho sérias dúvidas se o motivo de tanta empolgação (a possibilidade de se entregar de vez às delícias multiplataforma e à interação com o público) será realmente aplicado no novo JB.
Pra isso, é preciso mais do que disposição ou conhecimento técnico, mas retaguarda tecnológica e, principalmente, de mão de obra.
Justamente o que faltou, por ausência de verba, ao velho JB.
Veremos.