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O usuário é preguiçoso?

Especialista em UX desde os tempos em que ela conhecida como usabilidade, mestre Jakob Nielsen escreve nesta semana sobre a tendência que todos temos de considerar o ser humano preguiçoso na interação com máquinas. Na verdade, aponta Nielsen, o foco é criar caminhos e design que andem na direção do comportamento humano.

Inércia de dispositivos, comportamento momentâneo e atenção seletiva são três dos aspectos que o especialista chama a atenção para que façamos produtos melhores. Vale a leitura.

Ele ainda está vivo

Sua morte foi anunciada diversas vezes, mas o e-mail (ao menos como ferramenta de comunicação e drive de audiência) continua firme. Ainda mais quando solicitado: amealhar admiradores e oferecer conteúdo a eles, via correio eletrônico, ainda é insuperável mesmo na era da mídia pessoal.

Recentemente, mestre Jakob Nielsen e sua equipe abordaram boas e más práticas do uso do e-mail como instrumento comunicativo.

Tablets e usabilidade

Jakob Nielsen, um dos maiores especialistas em usabilidade, conduziu o primeiro grande trabalho sobre tablets.

As conclusões não são exatamente as que a gente imagina – além de problemas de design dos ambientes em que navegamos, há questões relacionadas ao gestual que interferem (aí sim) na interface, ou seja, no produto físico em si.

A leitura na web está mudando

O padrão de leitura das pessoas está mudando na web. De escaneadores de palavras, estamos passando a leitores um pouco mais atentos – desde que, claro, a informação principal esteja logo no topo da página, e que seja desenvolvida por ordem de relevância (a boa e velha linguagem jornalística).

Mestre Jakob Nielsen ainda está tentando descobrir o que está acontecendo.

O suporte importa (algumas observações)

Importante fazer algumas observações sobre pesquisa conduzida por Arthur D. Santana, Randall Livingstone e Yoon Cho (todos da Universidade do Oregon), que basicamente detectou maior capacidade de apreensão do noticiário por quem consome jornais impressos – a comparação aqui foi direta com páginas na internet.

Não, o jornal impresso não possui nenhum poder mágico sobre o leitor. A explicação para isso é basicamente física – e já havia sido largamente explorada nos estudos de usabilidade de Jakob Nielsen.

Em 1997, ele mostrou que a leitura humana numa tela de computador funciona basicamente por meio de escaneamento de palavras. Ou seja, lemos mal e porcamente a web – um ambiente hostil ao olho humano, que funciona melhor reagindo à reflexão da luz (como se lê em papel) do que à sua emissão.

Outra vantagem do suporte papel, e isso o trabalho do povo do Oregon ressalta, é a capacidade de hierarquizar informação, deixando evidente ao consumidor o que é considerado mais importante.

A ciranda de manchetes e mudanças do jornalismo on-line joga decisivamente nisso, desvalorizando, por mera questão temporal, assuntos que talvez devessem ter destaque mais duradouro.

Redes sociais passam por teste de usabilidade

O Mashable submeteu 12 redes sociais a um teste de usabilidade para descobrir “o caminho do olho”, ou seja, de que forma captamos visualmente as informações dispostas em nossa tela.

Em boa medida, prevalece o padrão F detectado por Jakob Nielsen no final da década de 90, mas não deixa de ser interessante observar as diferenças de impacto visual entre um site e outro.

Driblar a usabilidade pode ser catastrófico do ponto de vista comunicativo (e de audiência), mas há uma margem de manobra em que alguns ajustes são muito benvindos.

Texto grande ou pequeno, um dilema jornalístico

Eu gosto da discussão sobre o tamanho das matérias, seja no jornalismo impresso, seja no on-line. A verdade é que não há um padrão. O que é muito grande? O que é adequado?

Não se pode afirmar categoricamente que textos muito longos não são lidos na web _há a questão física, de que ler numa tela costuma levar 20% a mais de tempo, além de outros estudos do mestre da usabilidade, Jakob Nielsen.

Mas há também a impressão do conteúdo da tela em papel, o que a grosso modo equipara as coisas.

Pensando no papel, por que diabos textos longos não caberiam nele? Não estamos justamente clamando por textos melhores, mais analíticos e contextualizados, o que a rigor supõe mais centimetragen?

Ao mesmo tempo, o leitor de jornal, o cara que ainda recebe um produto do tipo em casa, será que ele quer se informar rapidamente? Fosse isso, um jornal feito ontem seria o último lugar indicado, não?

Enfim, é um pouco a síndrome de Tostines.

A ótima revista The Atlantic deste mês analisa o problema sugerindo que se cortem os textos _mas baseada numa análise de reportagens que abusam do nariz de cera e da paciência do leitor.

Eterna discussão.

Banner on-line completa 15 anos hoje

Hoje o banner publicitário na internet completa 15 anos. Em 27 de outubro de 1994, o site HotWired (a primeira revista web da história, fundada em 1994) criou o formato, cobrando US$ 60 mil (os valores são da época) da AT&T por 24 semanas de exibição.

No início, a novidade provocou problemas hoje inimagináveis. Claro, boa parte dos potenciais anunciantes nem sequer possuía um site. Logo, linkar pra onde o banner? Alguns optaram por sites ainda em construção, estratégia certamente catastrófica.

Saudado como a grande possibilidade de monetização das operações digitais, o banner ainda persiste, hoje sem carregar o peso dessa (falsa) responsabilidade.   Pudera: Jakob Nielsen, mestre da usabilidade, comprovou em suas pesquisas que o usuário simplesmente ignora essas mensagens publicitárias _tudo que está fora do campo de visão do padrão f é como se não existisse.

Amado e odiado, o banner veio pra ficar? Não responda ainda: a publicidade on-line também evoluiu. E está descobrindo maneiras mais efetivas de chamar a sua atenção.

Os hábitos de leitura on-line revistos e ampliados

Saiu hoje um novo estudo sobre as características da leitura on-line. Nosso amigo Jakob Nielsen, um especialista no assunto, analisou o trabalho de pesquisadores alemães para dar uma atualizada em seus escritos, que já têm mais de dez anos.

A conclusão agora é que as descobertas de 1997 ainda estão valendo, com o acréscimo da seguinte constatação, feita após a análise da leitura de 59.573 page views: na média, um ser humano lê apenas 20% das palavras escritas num texto emitido por um monitor (o máximo que esse número chega é 28%).

Isso confirma a descoberta do próprio Nielsen, de que as pessoas simplesmente não lêem quando estão no computador, mas escaneiam palavras.

Outro dado bacana levantado pelos pesquisadores alemães é que o “back” (essa função aí no canto superior esquerdo do seu navegador e que serve para voltar à página visitada imediatamente antes) foi relegada à terceira mais clicada pelos internautas, atrás do hiperlink e, agora, de botões diversos que novas plataformas espalharam pelas páginas. 

Como lemos na Internet?

O comportamento do olho humano diante de uma tela de computador

Um novo estudo sobre o comportamento do olho humano diante de uma tela de computador foi feito pelo Poynter Institute. A imagem aí acima mostra um esquema do que foi descoberto pelo experimento com 46 pessoas.

A tendência de dar mais atenção ao canto esquerdo corrobora as descobertas de Jakob Nielsen e seu Padrão F. Mas há um detalhamento mais apurado sobre as outras áreas do monitor. Lembrando que são pesquisas como essas que ajudam jornalistas a valorizar coisas nas homes pages e páginas internas. E, claro, auxiliam anunciantes a saber onde exporem suas marcas.

O site Acessibilidade Legal analisa a pesquisa aqui. Ou vá direto aos originais em inglês ou espanhol.

A dica foi de Leopoldo Godoy, que comanda o valoroso 8bitsemeio.