Eu gosto da discussão sobre o tamanho das matérias, seja no jornalismo impresso, seja no on-line. A verdade é que não há um padrão. O que é muito grande? O que é adequado?
Não se pode afirmar categoricamente que textos muito longos não são lidos na web _há a questão física, de que ler numa tela costuma levar 20% a mais de tempo, além de outros estudos do mestre da usabilidade, Jakob Nielsen.
Mas há também a impressão do conteúdo da tela em papel, o que a grosso modo equipara as coisas.
Pensando no papel, por que diabos textos longos não caberiam nele? Não estamos justamente clamando por textos melhores, mais analíticos e contextualizados, o que a rigor supõe mais centimetragen?
Ao mesmo tempo, o leitor de jornal, o cara que ainda recebe um produto do tipo em casa, será que ele quer se informar rapidamente? Fosse isso, um jornal feito ontem seria o último lugar indicado, não?
Enfim, é um pouco a síndrome de Tostines.
A ótima revista The Atlantic deste mês analisa o problema sugerindo que se cortem os textos _mas baseada numa análise de reportagens que abusam do nariz de cera e da paciência do leitor.
Eterna discussão.