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O usuário é preguiçoso?

Especialista em UX desde os tempos em que ela conhecida como usabilidade, mestre Jakob Nielsen escreve nesta semana sobre a tendência que todos temos de considerar o ser humano preguiçoso na interação com máquinas. Na verdade, aponta Nielsen, o foco é criar caminhos e design que andem na direção do comportamento humano.

Inércia de dispositivos, comportamento momentâneo e atenção seletiva são três dos aspectos que o especialista chama a atenção para que façamos produtos melhores. Vale a leitura.

A primeira página

independent

Uma ofensiva conservadora no Reino Unido prevê a revisão da FOL (Freedom of Information Act), versão da Lei de Acesso à Informação que ainda engatinha no Brasil.

O ponto é, além do custo da obrigação de prover informação sob demanda, o suposto caráter “intrusivo” da legislação e, ainda, o “potencial risco” à segurança nacional.

É discussão pra mais de metro que o jornal Independent, de forma brilhante, resumiu na primeira página acima.

Ferramentas jornalísticas do Google

O Google reuniu, numa única página, todas as ferramentas que considera úteis para quem trabalha com informação. Há coisas mais práticas, mas também meras listas de notícias (como o diretório que agrega informações sobre campanhas eleitorais). Vale conferir.

O jornalismo nunca foi tão importante

A visão do mestre Manuel Castells sobre o jornalismo coincide com as opiniões que tenho compartilhado em aulas e palestras nos últimos anos.

Numa era em que impera o excesso de informação (e emissores de informação), a expertise de um profissional capaz de organizar e hierarquizar esse caos não pode ser desprezada. Não por acaso, o jornalista já é uma peça fundamental em vários outros campos da comunicação, interessadas em entender o que está acontecendo no planeta.

Resta ao jornalismo (o “de redação”, se é que você me entende), agora, compreender a si mesmo e buscar seu novo lugar no mundo. “O jornalismo não morreu, mas está renascendo”, diz Castells.

Para quem ainda não entendeu o que é rede social

É impressionante, mas anos depois – o Twitter, por exemplo, já está no ar há seis anos – ainda não foi compreendido o sentido de prestação de serviço, curadoria e relacionamento que os grupos jornalísticos têm de ter em redes sociais.

Então, pra quem não entendeu (e são tantos…) o exemplo acima funciona melhor do que um desenho: a Reuters retuitou um CONCORRENTE (a France Presse) porque considerou a informação relevante ao seu público.

Isso é saber fazer jornalismo em rede social. O resto é propaganda e masturbação (cujo apogeu é o retuíte de si mesmo).

A fotografia como calhau

Não deixa de ser uma coincidência macabra: apenas três dias depois de uma aula na Faap em que discorria sobre o uso de foto pelo jornalismo e a importância de se valorizar a área de imagem com informação, não como ilustração, o Jornal da Tarde (SP) publica uma capa de seu produto principal, o caderno de esportes, com uma imagem de arquivo do corintiano Danilo comemorando um gol – não o gol decisivo marcado contra o Santos, pela Copa Libertadores (patrocínio desatualizado e estádio vazio desmascaram a farsa).

É exatamente sobre isso que falávamos com a turma de pós-graduação em Jornalismo Esportivo: foto é notícia, não uma figurinha que preenche um espaço.

E o resto é calhau.

O desafio do 1º jornal brasileiro só para iPad

Com noticiário basicamente colhido em outros veículos, pela internet, e agências de notícias que pululam na própria rede, que diferencial poderia ter o jornal Brasil 247 (os números significam as 24 horas do dia, sete dias por semana), o primeiro veículo brasileiro exclusivo para iPad?

Comandada pelos jornalistas Leonardo Attuch e Joaquim Castanheira e a reboque de um investimento de R$ 4 milhões, a publicação terá um árduo trabalho em busca de uma identidade única que a faça ser desejada (e baixada) pelos leitores.

É, diga-se de passagem, o grande desafio do jornalismo atual em meio ao oceano de informação.