É hoje que o sindicato dos jornalistas de São Paulo assina seu atestado de óbito: a entidade, que já há anos servia apenas como um plano odontológico e estava morta como representante de uma categoria, abriga nesta quinta-feira uma manifestação contra a imprensa.
É isso mesmo, eu não estou louco nem bêbado: o sindicato, que deveria defender a classe, abre suas portas para um grupo de entidades interessadas em denunciar a “baixaria nas eleições” e o “golpe midiático”, seja lá isso o que for.
Na prática, trata-se de mais uma tentativa de calar e constranger a imprensa livre e combater o jornalismo investigativo _eles se esquecem de que o ministro mais importante do governo, o da Casa Civil, teve de deixar o governo justamente por conta destas investigações.
É o fim patético de um sindicato que já tinha sido destruído pela desconexão entre sua direção e a realidade.
Que não descanse em paz.