A linguagem de vídeo na web foi tema de uma conversa nesta semana com a nova turma de trainees da Folha. Antes, é preciso entender de que tipo de site falamos: a versão eletrônica de um jornal impresso, ou seja, que deve produzir uma boa dose de conteúdo complementar _além, é claro, de muitíssimos voos solo.
Complementar no sentido estrito do termo, ou seja, agregador, não replicador.
Por isso eu não me canso de mostrar os vídeos do coletivo de fotógrafos Garapa, no caso uma cobertura específica dos bastidores de sabatinas da Folha com candidatos à prefeitura de São Paulo em 2008 (como a de Gilberto Kassab).
Mistura de slideshow com vídeos, mínima intervenção de texto e muito som ambiente. Fórmula ideal para acompanhar o que o veículo impresso traria efetivamente (a transcrição editada da entrevista).
A única imitação de TV que considero válida no caso dos jornais de papel com edição on-line são as já famosas (e bem antigas no formato) entrevistas de estúdio. Ainda assim, o pior que pode acontecer é nossos bravos repórteres do impresso caírem na armadilha de imitar os coleguinhas da telinha _e é o que vemos por aí. Vídeo, na web, virou fazer TV.