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PSB faz propaganda política sem políticos

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É isso mesmo: uma propaganda política sem nenhuma fala ou mesmo aparição de político por dez longos minutos. Isso existe e foi ao ar na noite de quinta-feira (22/10) no espaço concedido “gratuitamente” (pagamos nós todos em renúncias fiscais dos veículos que têm sua probgramação sequestrada) pelo TSE todo santo semestre aos partidos políticos com representação no Congresso.

O PSB imaginou uma narrativa gráfica muito bem amarrada, pronta para ser remixada (vários de seus trechos valem pílulas na web e nas redes), embora ainda afetada – ainda que bem menos – pelo discurso de praxe nessas ocasiões.

Uma nova fronteira, arejou esse formato denso e quase imexível. Veja.

Havana Connection

http://player.mais.uol.com.br/embed_v2.swf?mediaId=15370196&ver=4

Vi e gostei: Havana Connection – referência e contraponto óbvios à conexão Manhattan que há anos está aí na TV fechada -, novo empreendimento de Leonardo Sakamoto na web.

O triste é ser TV, ignorando a liberdade da web – um dia saberemos fazer vídeo na web?

A mesa de bar não salva, mas o ritmo é ótimo.

Bem-vindo!

Só bom conteúdo salva


Você conhece o projeto Beyond the Fold, desenvolvido pelo pesquisador português Sebastian Rodriguez Kennedy Bettencourt?

Bem, se trata de mais uma tentativa de mostrar como será o jornal num futuro sem o uso de papel (por questões econômicas sim, mas também ambientais).

Baseado numa navegação sem ícones e botões, o suporte imaginado por Bettencourt poderá mostrar infográficos em 3D e já é capaz de transmitir a sensação de tinta nos dedos – alguém sentiria saudade disso?

Em 2008, ridicularizei uma aproximação menos ousada e mais marqueteira do “futuro do jornal” e ganhei um inimigo para todo o sempre – o excelente profissional que representa no Brasil a consultoria por trás daquela mirabolância – aliás devidamente depositada na lata de lixo da história.

Já naquele texto, e como corroborou agora Bernardo Gutiérrez, eu dizia que a tecnologia não iria salvar o jornalismo. Só bom conteúdo é capaz disso.

Ainda assim, pesquisar e testar novos formatos sempre terá alguma serventia (ainda que sejam apenas boas risadas).

Muito moderno e absolutamente antigo

Coisas modernas também podem ser antigas. Como o programa Ensaio, da TV Cultura, transmitido na década de 70/80 e que voltou nos 90, para jamais se firmar. Depois, sumiu.

A ideia era sabatinar um ídolo da MPB, mas sem que o entrevistador aparecesse. Nem sua voz vazava (ocorria de quando em quando, momento em que nós, os telespectadores, vibrávamos).

Achei um trechinho de Adoniran Barbosa em meados da década de 70 (deve ter sido um dos programas de maior audiência da rede “educativa” de São Paulo).

As perguntas eram feitas, os pedidos de música, enfim, tudo sem o que era demandado. Só o microfone do entrevistado estava “aberto”. Era o tempo todo ele falando, à vezes dizendo ‘heim?’, pedindo a repetição da questão.

Muito moderno, e absolutamente antigo.

Mais ideias pra gente refletir…