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Os apps e a interação com as pessoas

Um aplicativo, convenhamos, é um produto de difícil aderência como peça estratégica de comunicação digital porque exige, por óbvio, que o público o possua em seu smartphone.

E como você convence as pessoas a baixar uma aplicação?

Há dois meios básicos. O primeiro é oferecer um serviço realmente indispensável (exemplo, Waze). O outro é ir direto ao bolso, acenando com vantagens pecuniárias para quem instalar o app (caso de promoções só acessadas via aplicativo).

Simultaneamente a esse cenário árido, o avanço da tecnologia PWA reabilitou, em boa medida, o app como peça de enxoval de comunicação. Por meio dela, é possível mimetizar na web as funcionalidades de um aplicativo, acabando com downloads e proporcionando ao usuário a mesma experiência, só que web based.

Tudo isso para mencionar um bom podcast da eMarketer que discute precisamente quais são os maiores erros que cometemos na interação com as pessoas via app.

Caminhemos juntos

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É impressionante como o PR tradicional, a despeito de todas as ressalvas dia após dia, continua negligenciando a presença digital. Preocupamo-nos com todas as pontas da construção da imagem na comunicação corporativa, do discurso ao relacionamento, e entregamos a gestão on-line aos deus dará – como se nós mesmos não estivessémos embedados nesse mundo que há muito tempo deixou de ser um “outro lugar” – mas sim uma extensão de nossa vida real.

Enquanto isso acontece, observa-se o desfacelamento de um modelo off-line (e a perda de relevância da mídia formal está aí para demonstrar) que – por não querermos ou, principalmente, não sabermos enfrentar – serve apenas à uma parcela cada vez menor das necessidades comunicacionais.

Mas o caminho inverso também pode ser verdadeiro (e me incomoda sobremaneira): sob o manto protetor da suposta modernidade, muitas vezes revestimos as tarefas de PR digital em trabalho reservado a uma casta de iluminados que, talvez por dominar termos em inglês que nem ela própria sabe o que significam exatamente, constitue praticamente um exército de alienígenas dentro das agências. Qual a real diferença de um trabalho de relacionamento com players off-line e on-line, por exemplo? Pois é.

A conclusão, óbvia, é que são trabalhos indissociáveis e que precisam caminhar juntos. Há especificidades, evidente, mas no final das contas os caminhos (e as pedras) são bem parecidos.

Por mais que você insista em desvalorizar um ou outro, é inexorável: algo estará sempre faltando se essas estratégias não caminharem juntas e, de preferência, exercidas por times, não por fragmentos que se tenta colar a fórceps.