Muito interessante o relato sobre o uso jornalístico de drones (pequenos veículos aéreos dotados de uma câmera e controlados remotamente) feito por Taís Gasparian à Folha de S.Paulo.
Essas ferramentas se constituem numa grande novidade do mundo das novas narrativas, proporcionando não apenas imagens bonitas como ainda, conforme conta Taís, mais segurança aos repórteres, por exemplo, num front de batalha.
O que não é seguro (ou pelo menos sabemos pouco sobre isso) são os riscos que corre quem está com as cabeças debaixo de um drone. O próprio texto nos relata, em tom de galhofa, um manejo desastrado de um artefato que cobria uma manifestação em Paris e caiu no rio Sena.
Pessoalmente estive muito perto de testar a nova tecnologia no ano passado, num trabalho publicitário, mas as restrições para seu uso eram tamanhas que tive de desistir.
Tudo por conta da precaução (por exemplo, o aparelho não pode sobrevoar vias onde há carros e humanos, há distâncias mínimas de aproximação e até autorizações aeroportuárias são necessárias, de acordo com a região que se quer filmar).
Durante os protestos de rua em São Paulo, a Folha de S.Paulo ignorou esses obstáculos e foi em frente, produzindo um belíssimo material. Ainda bem que tudo deu certo. A miniaturização desse equipamento, que já está em curso mas ainda a preços pouco acessíveis, vai resolver de uma vez por todas esse delicado problema.