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A publicidade móvel avança

Previsões para 2015 colocam a publicidade em dispositivos móveis na crista da onda, com um crescimento de até 65% – ok, a base é menor, então o incremento via de regra é espantoso mesmo.

De toda forma, 2014 já foi um ano auspicioso para o meio. Uma ameaça ao jornal?

Como o mobile está mudando o consumo de notícia

Um material interessante que compara o acesso via desktop e mobile a Financial Times e Guardian.

A constatação, óbvia, é: vamos produzir urgentemente com foco em dispositivos móveis.

O presente é ‘esperto’

O presente é móvel, e mais, em dispositivos “inteligentes” e que permitem maior consumo de conteúdo.

Entre janeiro e agosto, a venda de smartphones no Brasil cresceu 55%, ao mesmo tempo em que o bom e velho “celuca”, aquele de tela minúscula e que só faz receber e permitir chamadas telefônicas, encalhou nas prateleiras com uma queda de 7%.

É justamente esse movimento, das pessoas adquirindo a interface adequada, que vai revolucionar no país o conteúdo digital. É cada vez mais para essas plataformas que estaremos trabalhando, no caso do jornalismo.

A trajetória da comunicação móvel em fotos

Outro dia mostrei aqui a evolução do computador dos anos 40 ao iPad.

Hoje é a vez de perceber, visualmente, a trajetória da comunicação móvel de 1938 aos dias de hoje.

Nem deciframos a web, vêm os aplicativos…

Falava em sala de aula na semana passada que nós, jornalistas, nem sequer aprendemos a exibir nossa produção na web e já aparece outra coisa, o aplicativo para dispositivo móvel, mais um lugar em que definitivamente o jornalismo precisa estar.

No mesmo dia, Alan Mutter (nosso velho conhecido) escrevia sobre o tema com uma detecção que me parece real: os jornais começaram ocupando muito mal essa nova fronteira, repetindo soberba e noviciato demonstrados quando da chegada deles à web.

A certeza nessa história toda é que começou outra guerra, como novas armas e estratégias que desconhecemos. E que o avanço tecnológico é interminável.

Cadastro de meio bilhão de pessoas é a fortuna do Facebook

É exagero dizer que Mark Zuckerberg “conectou as pessoas”, como andamos lendo e ouvindo por aí. Estamos conectados há pelo menos 40 anos. A questão do Facebook é que o produto soube aproveitar a popularização do acesso, transformando-se num ator relevante dessa mudança.

Os dispositivos móveis são, hoje, os maiores responsáveis pela inclusão digital em boa parte do planeta. No Brasil, só 32% da população acessa a internet, mas 86% tem um telefone celular (o dado é da pesquisa Global Media Habits 2010).

A rede social é a primeira atividade na web de muita gente. No Brasil, quantas pessoas não se converteram em internautas para ter um perfil no Orkut? Terceiro site mais acessado do país segundo o Alexa (o Facebook é o 10º no mesmo ranking), constitui, talvez, o maior desafio de Zuckerberg.

A virada na Índia foi crucial para que o Facebook rompesse, em julho, a barreira de 500 milhões de associados -hoje, já bate na casa de 519 milhões. A página é a terceira mais visitada pelos indianos, enquanto o Orkut ocupa a oitava posição.

O mercado do segundo país mais populoso do mundo (1,2 bilhão de pessoas) é tão promissor quanto o da China, o primeiro. Só 7% da população da Índia usa a web. Enquanto isso, 41% tem algum dispositivo móvel -de onde, é claro, atualiza seu status em redes sociais.

Com uma trajetória dessas, é natural o Facebook virar livro, depois filme, e Zuckerberg ser escolhido O Homem do Ano pela “Time” -ainda que o protagonismo de Julian Assange e seu WikiLeaks, na reta final de 2010, tenha feito muita gente pensar na inadequação da escolha feita pela revista.

As redes sociais já foram consideradas perda de tempo e, em alguns ambientes, como o mundo corporativo, a resistência ainda é real -continua, em muitas empresas, a prática de bloquear páginas consideradas “recreativas” (entre as quais as de relacionamento).

Visão estreita e pessoal: o Facebook é uma máquina de fazer dinheiro porque tem o bem mais valioso: um cadastro de meio bilhão de pessoas que deixam dentro dele, a todo instante, algum tipo de conteúdo. É, também desse ponto de vista, um grande projeto colaborativo.

(Texto de minha autoria publicado quarta-feira _só para assinantes_ no caderno Tec da Folha de S.Paulo)

A ressurreição da TV

Saiu o Global Media Habits versão 2010, um estudo coordenado por Greg Lindsay que a cada ano tem se mostrado mais útil para ajudar a compreender alguns fenômenos da tecnologia e da comunicação.

Por exemplo, a pesquisa mostra que o planeta está comprando aparelhos de TV como nunca e assistindo mais à programação que eles oferecem _a média mundial é de três horas e 12 minutos.

Ou seja: mesmo com a internet, estamos vendo mais TV, como comentei nesta semana em podcast na Folha (o áudio começa com um comentário sobre a estranha relação entre WikiLeaks e Twitter).

Ainda sugiro mais, mas faltam dados para atestar: que a web está ajudando decisivamente a TV a recuperar audiência e  prestígio.

Futebol, reality shows e novelas são os programas mais atraentes para os telespectadores, uma coincidência com a internet, onde estes assuntos capitaneiam o interesse do internauta.

Esse buzz se reflete nas redes sociais, lugar em que cada vez mais as pessoas falam do que estão vendo no sofá da sala.

A pesquisa aponta ainda a incrível expansão dos dispositivos móveis (no Brasil, 32% da população tem PC, enquanto 86% possui um celular).

O estudo completo custa US$ 249.

Telefonia móvel bomba audiência de jornais franceses

Os aplicativos para iPhone começam a bombar a audiência dos jornais franceses. O assistente de leitura do Le Monde, por exemplo, chega a ter 250 mil consultas diárias _o que representa pouco menos do que a tiragem da edição impressa atualmente.

Le Figaro e Libération, os outros jornais importantes do país, conseguem atrair ainda mais público (respectivamente 600 mil e 400 mil usuários diários).

Vem de dispositivos móveis 15% da audiência na web de uma editora que publica revistas populares e femininas (como Télé 7 Jours, sobre TV, e Elle).

São números eloquentes, mas que escondem um erro: os veículos estão fazendo pouco (ou nenhum) dinheiro com esse hype todo. O problema foi ter adotado o serviço sem previsão de cobrança. Ora, os serviços via telefonia móvel são justamente aqueles que as pessoas sempre estiveram habituadas a pagar.

Lembrando que a França, via Minitel (o bom e velho teletexto), sempre esteve na vanguarda da distribuição de conteúdo por telefone.

Agora, que receberam de graça, o mal já está feito. Será muito difícil monetizar produtos que naturalmente deveriam custar alguma coisa e que, erroneamente, foram cedidos sem ônus à audiência.

Retratos de 2009: celular impulsiona o jornalismo na África

Esta notícia confirma outra tendência de 2009: os dispositivos móveis se converteram na principal forma de acesso à internet (consequentemente, de envio de notícias) em países em desenvolvimento.

Jacinto Lajas discorre com propriedade sobre o que está acontecendo agora mesmo na África, continente em que acesso discado é realidade, e banda larga, um luxo.

O texto elenca alguns projetos colaborativos importantes que estão em curso, e incensa o Ushahidi _agregador de conteúdo cidadão com ênfase na mobilidade.

A rede celular, mais do que qualquer outra coisa, está incluindo as pessoas nas redes digitais. E acelerando processos de comunicação que, no jornalismo, são bem-vindos e determinantes para a democratização do exercício da função.