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Previsões para 2010: esqueça o diploma de jornalismo

Uma informação a quem carrega, para 2010, esperanças no Projeto de Emenda Constitucional (PEC) que restitui a obrigatoriedade do diploma de jornalismo para o exercício da profissão: o governo Lula já trabalha com a informação de que o contrabando será vetado liminarmente pelo mesmo STF que já havia expurgado essa herança maldita.

A estratégia desse povo agora, e sob a luz da Confecom, aquela aberração, é conseguir uma espécie de casuísmo no Ministério do Trabalho, onde se registrariam os profissionais de jornalismo, o que possibilitaria, claro, a realização dos desejos persecutórios do grupo político que agora está no poder e que, estivesse na oposição, combateria até a morte essa espécie de ditadura mal posta e mal discutida.

O público, e o caldeirão da conversação, ainda é o melhor tribunal da mídia (formal ou social). E há ainda os códigos Civil e Penal, para punir os abusos. Não precisa mais. Tenha caráter, e isso basta.

Mídia social, patrulhamento ideológico, visão de futuro e infografia animada: a semana no Webmanario

1. Três perguntas para Ana Brambilla: ‘Quem ignora o que o público diz em mídias sociais não pode ser jornalista’

2. Confecom, uma aberração

3. Visionário, Leo Bogart discorre sobre o presente em artigo de 1984

4. Um gráfico animado impressionante: a evolução da audiência do The New York Times no dia em Michael Jackson morreu

Uma aberração chamada Confecom

Felizmente as deliberações da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), que termina hoje, em Brasília, não têm qualquer efeito prático _ servirão apenas como “sugestões” ao governo, empenhado em mudar o marco regulatório do setor (a seu favor, diga-se de passagem).

Há tantas bobagens entre as 6.094 sugestões debatidas que nem mesmo a internet suportaria a íntegra. Coisas do naipe da “criação do tribunal da mídia para julgar a impunidade dos crimes cometidos pelos oligopólios”, “coibir a exploração fantástica, principalmente, de fatos trágicos” ou ainda “que nas faculdades de jornalismo hajam conteúdos específicos ao chamado jornalismo social, para capacitar os profissional de comunicação a entender e transmitir o sentido das problemáticas sociais que vivemos”.

Tenho certeza que o documento final da conferência deve limpar em boa parte essa coleção de asneiras (pra não ficar tão feio). Mas é importante saber em que nivel anda o debate sobre a nossa profissão: escoando pelo ralo e capitaneado por entidades financiadas pelo governo arrotando regras que, fosse em outra situação política, seriam taxadas de autoritárias e descabidas.

Não reconheço nessas pessoas (há exceções, claro) autoridade para debater o tema. Pior, para politizá-lo. Muito triste.

Antes que eu profira palavrões, encerro o texto endossando as palavras de Paulo Tonet, da ANJ (Associação Nacional de Jornais), para quem o controle social da mídia já existe: “É o controle remoto e o jornal na banca. Fora disso é censura”.

ATUALIZAÇÃO: A Confecom terminou com a aprovação de 672 propostas. Não é possível que alguma não seja imprestável.