Tem duas discussões bacanas correndo soltas na rede e eu, que gosto de sempre meter a colher, não perdi a oportunidade.
No Novo em Folha, a Ana Estela relembra o caso da frila de O Globo, agora cobrindo o conflito no Oriente Médio, que postou barbaridades (eram suas opiniões pessoais) num blog próprio. Olha só que loucura.
Eu sempre falo uma coisa: tome cuidado com sua vida pregressa on-line. O jornalismo é uma atividade pública. Usar um site pessoal para tomar posições políticas, religiosas e até sobre futebol (sobre futebol, aliás, evite, sua vida pode virar um inferno) exige ter a consciência de que certamente haverá um ônus.
O meu, quando critico veículos jornalísticos aqui, pode significar entrar na lista negra deles, não?
Pelos comentários lá no Novo em Folha, o povo acha que tudo bem, que seria uma invasão tomar uma publicação pessoal como algo público. Eu acho ótimo ter opinião. Mas lembre-se: é provável que a sua fique eternizada na rede e crie, no mínimo, algum tipo de obstáculo ou reparo ao seu desempenho profissional.
Em outra frente, estamos debatendo no Libellus, da Ana Brambilla, o discurso no microblog.
O ponto de partida foi um post da Ana _quem mais conhece sobre jornalismo colaborativo no Brasil_ comentando o levantamento de que 35% dos usuários do Twitter (o site de microblog mais acessado) tem até dez “seguidores”.
A minha posição (por ora, a discussão prossegue): eu tendo a relacionar a baixa conectividade a outros usuários como reflexo da qualidade da micropostagem _ou à ausência dela.
Na medida em que o que vc posta é útil (isso em primeiro lugar), interessante (do ponto de vista intelectual) ou divertido (sim, há espaço para humor no microblog), a teia tende a crescer.
E você, o que é que acha?