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Design também é comunicação

coca

Quando um ícone como a garrafa de Coca-Cola completa 100 anos, é evidente que a festa será grande. É um dos poucos exemplos de comunicação a partir do próprio design – o que é uma arte.

Nos festejos, 15 comerciais para marcar a data. Veja!

Narrativa de marca como ela é

A noção da Coca-Cola sobre como influenciar as conversações nos próximos anos, expressa no vídeo acima (aliás imperdível), dá uma noção exata de como é difícil fazer o trabalho de jornalismo (ou narrativa) de marca, estratégia antiga porém cada vez mais atual e demandada.

Exige a essência de cada uma das três grandes “ciências” da Comunicação (jornalismo, publicidade e relações públicas). Por óbvio, não temos uma formação multidisciplinar.

Há campos, como o da comunicação, que começam a exigir uma reflexão mais ousada para operar mudanças drásticas já na universidade.

Coca-Cola e um mundo melhor

Um dos maiores anunciantes de todos os tempos (leia-se também um financiador do jornalismo ‘independente’), a Coca-Cola tem uma trajetória fabulosa no mundo da publicidade – e na adequação do discurso, que é comunicação, basicamente.

O povo do Brainstorm9 publicou uma linha do tempo legal desses bodes que a marca costumeiramente colocou na sala dos americanos.

A estratégia da Coca-Cola para as redes sociais pode servir para os nosso jornais

Vale a pena dar uma olhada numa apresentação interna que revela todos os passos da comunicação da Coca-Cola, umas das maiores empresas do mundo e, certamente, a principal e mais tradicional marca do planeta, na web em geral e nas redes sociais em específico.

Insights como o acima, retirado da apresentação (“Nossa home page não é apenas coke.com, mas também google.com”) transmitem um recado claro de que as maneiras pelas quais podemos ser encontrados por nosso público mudaram radicalmente.

A marca (bem-sucedida, né, precisa dizer?) ressalta o poder da conversação e da mobilização de seu público, mostrando ações que foram criadas pelos próprios usuários _nos últimos seis meses, por exemplo, a empresa tabulou mais de 4,6 mil fotos produzidas por usuários que, de alguma forma, faziam uma avaliação positiva de seus produtos.

Tudo isso para desembocar na seguinte conclusão: se a Coca-Cola, que é a maior marca global, está preocupada em conversar com seus fãs, e mais, inserir a produção deles dentro de uma perspectiva mais ampla de diálogo e troca de experiência, por que ainda há jornais que ignoram essa realidade?

O ótimo Adivertido falou primeiro disso.

Por que Coca-Cola vende mais que Pepsi?

ATUALIZAÇÃO: Infográfico imperdível sobre história e evolução das marcas, com muitos dados, vídeos históricos etc.

Não tem exatamente a ver com jornalismo, mas sim tudo a ver com construção e manutenção de marca _uma necessidade dos tempos da conversação proporcionada pela internet.

Repare na evolução das logomarcas de Coca-Cola e Pepsi desde 1885.

Marca não é só um logotipo. Representa coerência e unidade.

Trocar de identificação visual como quem troca de roupa não é, positivamente, a melhor estratégia para quem tenta posicionar o seu produto num ambiente altamente competitivo (como o mercado de refrigerantes, por exemplo).

Passa a impressão também de que se está mudando o conceito. E, à exceção das vezes em que isso é absolutamente necessário por imposição comercial, transmite uma sensação de desorientação.

Trazendo a discussão para o nosso meio: mudanças são sempre bem-vindas, mas elas precisam acontecer de forma consoante às necessidades e à solicitação do público (no nosso caso, a ex-plateia, a audiência). Às vezes, como no caso da Cola mais famosa, não foi necessário nem mudar (fórmula secreta incluída).

Percebe-se, especialmente na web, onde as coisas são bem mais dinâmicas, uma sanha de redesenhos de páginas que muitas vezes não levam em consideração a opinião dos usuários e, mais grave, a adequação das reformas à usabilidade (aquele bem que fazemos a quem deseja acessar o nosso conteúdo).

Na Índia, por exemplo, nada menos do que quatro veículos on-line mudaram aparência e apresentação de seus sites nas últimas três semanas. Nos EUA, a NPR (conglomerado público de comunicação) também se repaginou. Resolve?

Não sei. No mundo ideal, a disposição dos conteúdos informativos são personalizados pelo usuário. Ou seja: nestes casos, pouco importa a vontade de mudar apenas por mudar que, muitas vezes, norteia redesenhos de sites. Os conteúdos que serão expostos, na ordem e tempo que serão expostos,  dependem em boa medida de quem os consome.

No final das contas, o cliente sempre tem razão: é ele quem decide se toma Pepsi ou Coca.