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Menos é mais

O cartum animado acima, obra de Guga Schultze, é a tradução mais simples do que significa estar na internet – e usar os recursos que ela permite. É um exemplo bem raso do que podemos considerar nova mídia. Se estivesse em papel, a garotinha não pularia corda, apenas pareceria estar pulando.

Detalhe: esse GIF é de 2007

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Sem palavras

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O cartunista silenciado a bala

Crítico feroz das autocracias árabes e também do Estado de Israel, o cartunista Naji Al Ali não viveu para ver a transformação ora em progresso no Oriente Médio: ele foi assassinado em Londres, em 1987, com tiros na face.

Com inimigos dos dois lados, a morte do cartunista jamais foi esclarecida.

Palestino, foi uma das grandes vozes da imparcialidade que faz tanta falta para o entendimento entre os povos.

Entrevista coletiva

Esse cartum publicado originalmente pela New Yorker é simplesmente o máximo!

A ilustração na edição diária

Isso é uma verdade: desenhista que não fica “dentro da redação” (ou pelo menos não tem intimidade com o noticiário), não pode levar ao cabo a tarefa de confeccionar charge, cartum ou caricatura da edição diária.

Uma das grandes “novidades” que introduzi em A Gazeta Esportiva nos idos de 2000 foi a participação do cartunista nas reuniões de pauta. Conseguimos melhorar – e muito- a conexão entre ilustração e reportagem no jornal no dia a dia.

Infelizmente, alguns ainda consideram “artístico” esse trabalho. É o primeiro passo para esfriar o material e dissociá-lo da edição do dia.

Jesus nos tempos do Twitter

‘Na internet, ninguém sabe que você é um cachorro’

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O tema é velho e batido, e a charge, tola e infantil.

Porém chama a atenção que o anonimato na internet (um problema ainda atual e mais grave sobretudo no jornalismo on-line) tenha sido abordado em 1993, quando a rede mal dava seus primeiros passos _nos EUA, por que a novidade só chegou para valer no Brasil três anos depois.

“Na internet, ninguém sabe que você é um cachorro”, diz o cartum de Peter Steiner, publicado pela The New Yorker, uma das revistas mais legais do mundo.

O que mudou de lá para cá: a evolução da construção da reputação on-line forçaria os dois cachorros a se exibir, se eles realmente quisessem ter alguma relevância. A conexão entre real e virtual é absoluta.

Hoje, em vez de se esconder sob suas verdadeiras indentidades, eles teriam orgulho de latir au-aus para uma plateia.

Você publicaria esta charge?

Mais uma charge polêmica do septagenário cartunista Pat Oliphant

Mais uma charge polêmica do septagenário cartunista Pat Oliphant

Você publicaria a charge acima? Ela é de autoria de Pat Oliphant, 74 anos, considerado o cartunista mais influente em atividade no mundo _e com um belíssimo histórico de obras polêmicas.

Centenas de jornais dos Estados Unidos a publicaram, gerando a ira, por exemplo, do Centro Simon Wiesenthal de Los Angeles, que soltou uma nota condenando a obra.

Diz que ela “mimetiza a propaganda antissemita” que esteve como pano de fundo da ascensão do nazismo alemão. E vai além, afirmando que foram charges como essas que prepararam o terreno para o Holocausto.

Exagero?

Como é difícil trabalhar em jornalismo. Há diversos temas que exigem ene dedos e, mesmo assim, muitas vezes terminam em revolta, protestos, mal-entendidos.

O desenho é tolo, óbvio, previsível e um retrato da realidade (o mais importante). A questão, como sempre, são as pessoas que veem golpe em tudo.

Essas, definitivamente, precisam ter um jornal só delas e parar de ler os nossos jornais.