Do ponto de vista da tecnologia, é uma questão fácil de responder. A ex-primeira dama pouco investiu em ferramentas on-line. Enquanto isso, só em anúncios e outras ações no Google, o senador por Illinois desembolsou mais de US$ 3 milhões.
No microblog, a distância entre as campanhas também foi díspar. Que o digam os 33 mil seguidores das atualizações de Obama no Twitter _todos eles sendo seguidos, medida sempre vista com simpatia na Web (ainda que, suponha, essa conta jamais tenha sido checada por qualquer funcionário).
Especificamente no Twitter, Hillary foi catastrófica. Amealhou apenas 4 mil “followers” e não adicionou ninguém. Uma tragédia de mídia social.
Yahoo, Microsoft e Facebook, nessa ordem, aparecem como os principais destinatários de verbas da campanha do agora confirmado candidato do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos (engraçado que, no sentido inverso, ou seja, as doações às candidaturas, funcionários da Microsoft deram mais dinheiro a Clinton, enquanto os do Google cacifaram Obama).
Moral da história: Obama, muito ativo na Internet, cativou a multidão de jovens de classe média que perscrutam a rede. Hillary, que investiu milhares de dólares a mais que seu adversário em jantares e homenagens (esse perrengue herdado da vida off-line), arregimentou os mais ricos e os mais velhos. Ou seja, pouca gente.
A Business Week mostrou um ângulo em que uma campanha política ingressou no terreno dos cases de quem busca exemplos de influência das novas tecnologias.