Há três dias falávamos aqui sobre a agilidade do cidadão jornalista (e até sua disputa pelo furo, como se viu no caso do avião que pousou no rio Hudson, em Nova York), e então neste domingo cai o teto de uma igreja evangélica em área densamente povoada (e cercada de prédios), em São Paulo, e a colaboração dos usuários é próxima do zero?
Como reagir a isso?
Enquanto escrevo (são 2h18 da madrugada desta segunda), há um mísero registro fotográfico no Flickr _que nem sequer evidencia, devido ao ângulo, a extensão da tragédia_, enquanto mesmo sob apelos, os guetos de jornalismo participativo dos grandes portais (Eu-Repórter, Minha Notícia, VC no G1 e Vc Repórter) não têm material algum produzido pelo usuário para exibir.
Nos sites de microblog, ao menos, a primeira menção ao incidente surgiu antes que Paulo Henrique Amorim desse a notícia de última hora na TV Record _que foi, até onde sei, quem deu o furo na grande mídia.
No You Tube, maior site de compartilhamento de vídeos, aparentemente há um único arquivo original, afora os tradicionais repliques dos canais do mainstream.
Nesta segunda voltarei ao assunto atualizando as coisa. Se você souber de algo que passou batido nessa análise inicial, avise. Quem sabe limpamos a barra do jornalismo cidadão tupiniquim? Por ora, baita fiasco…
ATUALIZAÇÃO: Voltei, conforme prometido. Tarde, mas voltei. E não há nada a atualizar. De fato, a colaboração no caso do desabamento do teto da sede da Igreja Renascer não teve nenhum episódio novo, nem nas plataformas independentes nem nos portais que oferecem o “gueto colaborativo”. De prático, sobrou a troca de impressões, na caixa de comentários, com Ana Brambilla, que acrescentou ingredientes saborosos para tentar entender essa ausência de jornalismo entre os cidadãos que presenciaram o fato.