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A narrativa de marca e a construção de uma comunicação de verdade

A fragmentação abriu uma gigantesca janela de oportunidade para se contar histórias. Se por um lado essa descontextualização também é um risco, ofereceu múltiplas oportunidades para a narrativa de marca.

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Um texto bastante interessante sobre uma pessoa que foi usada no Facebook para engrossar uma ação publicitária.

Mais uma demonstração de que números robustos em ações na rede não significam grande coisa. Tem muita armação por aí.

A Playboy entrevista Steven Jobs

“My God! I drew a circle!”.

Era Andy Warhol gritando em êxtase ao ser apresentado, em janeiro de 1985, a uma grande invenção: o mouse. Ou melhor, o mouse (criado anos antes por Douglas Engelbart) associado a um Macintosh, da Apple.

Quem apresentava a revolução ao homem que notabilizou a sopa pronta Campbell’s era, claro, Steve Jobs.

Tudo sob o olhar atento do repórter David Sheff, que publicou na Playboy americana em 1º de fevereiro de 1985 uma entrevista com o então enfant terrible da revolução da computação pessoal (e ainda chamado “Steven” pela mídia).

A conversa aborda todos os bodes na sala que ele colocara ali – a ponto de ser escanteado ao comando de um time que, teoricamente, cuidaria de produtos menos importantes da empresa – mas que saiu-se com o Macintosh, se não um campeão em vendas (pudera, caríssimo), um produto diferenciado.

“Você nunca guarda rancor de um filho”, diz, ao falar sobre as brigas dentro da companhia.

Em 17 de setembro daquele ano, a Apple demitiu Jobs.

O resto é história.

Jornalista é acusada de fraude na bolsa de valores de SP

Vejam os sinais: em julho de 2011 a CVM (que regula o mercado de ações no Brasil) já observava movimentações atípicas com as negociações em bolsa da Mundial, modesta fabricante de alicates e talheres do sul do Brasil.

Agora, a revista Exame diz que investigação da Polícia Federal concluída em maio revelou do que se tratava: um plano para bombar artificialmente os papéis da companhia que incluía a participação de uma assessora de imprensa (só para assinantes da revista).

O papel da jornalista, segundo a PF, era essencial: a assessoria divulgava fatos não confirmados e promovia encontros da mídia com diretores da Mundial para propagandear a suposta ‘nova governança’ da empresa.

O trabalho de divulgação – além de outros macetes mais, digamos, de mercado – deu resultado. Agora, descoberta a fraude, é muito provável que a ação deixe de ser negociada.

Quanto vale (e quanto valerá) o Facebook

Interessante o ponto da The Economist, que alçou a abertura de capital do Facebook a capa da edição desta semana e, numa boa análise (tirando o nariz de cera), apresentou o xis do problema.

Assim como Microsoft, nos primórdios da era da internet, e Google, agora, a publicação lembra que é inevitável que o negócio de Mark Zuckeberg seja alvo de questionamentos judiciais por conta de questões relacionadas a privacidade (o que os anunciantes do site fazem com nossos dados mesmo?)  e, especialmente, monopólio.

Com uma carteira de um bilhão de clientes, não fazer negócios com a rede social está se tornando impossível. E as autoridades antitruste americanas odeiam esse tipo de comerciante.

Assim, naturalmente a empresa sofrerá abalos (e talvez um redimensionamento forçado) a partir do momento em que ela passar a ser fustigada judicialmente como gente grande – que já é faz tempo.

O LinkedIn de R$ 13 bi e seu desafio: atrair o usuário nos momentos de ócio

Sabia-se havia meses que a abertura de capital do LinkedIn seria um estrondo.O lançamento das ações da rede social das relações de trabalho só colocou um preço no negócio de Reid Hoffman: R$ 13 bilhões.

Faz sentido o debate sobre uma provável nova bolha das pontocom, mas não pelo que aconteceu na quinta-feira.

Não é o LinkedIn o símbolo da supervalorização de ideias cujo maior capital é o potencial futuro. Ele é um dos personagens desse jogo.

Ainda temos de descobrir como ganhar dinheiro de verdade com a multidão que usa esse tipo de serviço _100 milhões, no caso do site de Hoffman (o líder Facebook tem 670 milhões de consumidores).

De interface pouco amigável e funcionalidade prática discutível, o LinkedIn de R$ 13 bilhões (que tinha a perspectiva de captar modestos R$ 285 milhões) assusta mais por outro motivo: como torná-lo atraente a ponto de a gente acessá-lo quando não está pensando em trabalho?

Baseado na experiência forrada de lazer e futilidade da rede social número um (sim, falo dele, o Facebook),  Hoffman terá de tirar vários coelhos da cartola.