Entidades patronais estão aproveitando a proximidade da Copa do Mundo para tentar pressionar o Congresso a votar projeto que flexibiliza a difusão do programa “A Voz do Brasil“, que consiste num resumo chapa-branca das atividades dos três poderes e existe há mais de 70 anos.
A campanha “A voz que eu quero ouvir” usa como chamariz o fato de que um terço dos jogos do Mundial de futebol serão às 19h, horário em que boa parte das emissoras de rádio suspende sua programação normal para entrar em cadeia.
Hoje em dia, só há duas maneiras de não transmitir a “Voz” às 19h: provar que, em vez do programa, a rádio presta serviço de utilidade pública (como informações sobre o trânsito) ou pagar um punição pecuniária e leva-lo ao ar até as 23h59 do mesmo dia.
Tradicionalmente, campanhas de coleta de assinaturas fracassam porque o tempo necessário é sempre subcalculado – mas isso vale para projetos de iniciativa popular. Neste caso, e para valer durante a Copa, ela precisaria ser votado até meados de maio, pois já está no Congresso.