Se começou matando a marca, em sua primeira semana de operação o Brasil Post (associação entre a Editora Abril e o Huffington Post) deu sinais de que manterá vivo provavelmente o viés mais libertário do projeto fundado nos EUA e espalhado pelo mundo por Arianna Huffington: o uso do link externo.
Tabu no Brasil (porque, afinal de contas, manda o usuário para um ambiente fora de seu produto), o link externo é tão democrático quanto absolutamente dentro do espírito imaginado por Tim Berners-Lee, o criador da linguagem web, de uma rede democrática, aberta e sem amarras.
Ao atuar como um agregador, é óbvio que o Brasil Post (insisto: de onde surgiu a ideia de matar a grife, meu deus) depende do link externo para sobreviver. Mas isso não é tão óbvio no Brasil, onde blog não tem hiperlink e via de regra é uma coluna eletrônica.
É triste que, em pleno 2014, comemoremos algo tão banal quanto o link externo. Não esqueço que quando Folha e Estadão trocaram links no Twitter (graças a esse que vos fala e ao solerte Rodrigo Martins, colega de velha data), lá no longínquo 2010, houve uma espécie de Terceira Guerra Mundial nas casamatas das duas empresas, concorrentes mas não inimigas.
Sinal de que, não parece, ainda engatinhamos nessa nova velha mídia.
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