Quando um veículo da envergadura da Folha de S.Paulo, o maior jornal brasileiro, sai novamente a público com a intenção de demonstrar que no jornalismo o furo “é resultado de técnica e trabalho profissional“, é porque definitivamente a mídia formal continua encarando a mídia das pessoas como um concorrente, não como integrante do ecossistema de notícias.
Chega a ser patético ter de lembrar ao consumidor, periodicamente (a mais recente havia sido o protagonismo do jornalismo tradicional no compartilhamento de notícias durante os protestos de junho), que a mídia está fazendo o seu trabalho.
Na era da conversação, isso não é mais o suficiente. Há, além das notícias em primeira mão produzidas pelo público, uma demanda crescente por parcerias amador-profissional, entes que se complementam, jamais se digladiam. Isso sim é fazer jornalismo do futuro.