Para marcar o dia de abertura do Salão de Fotografia de Paris, o jornal francês Libération ousou de novo: foi às bancas sem nenhuma foto para, em suas palavras, para ressaltar seu “valor e energia“.
É uma velha briga minha: a fotografia, evidente, é gênero autônomo de informação. O problema é que os editores (com as exceções de praxe) a usam meramente como ilustração e tapa-buraco. Aí fica difícil reconhecer sua importância jornalística.
O “Libé”, nunca é demais lembrar, é um jornal pra lá de revolucionário: fundado em 1973 por gente como Jean-Paul Sartre, andou sempre na contramão e na oposição. Nesta segunda, por sinal, um homem entrou na sede do jornal e abriu fogo, deixando um ferido.