O relatório Future in Focus – Brasil 2013, elaborado pela ComScore, dá tons mais realistas ao que verdadeiramente somos na rede.
Primeiro, aponta que menos de um quarto da população acessa a web (quase 46 milhões de pessoas, o sétimo maior contingente mundial), uma baixada de bola considerável com relação aos dados do Ibope, que registram 100 milhões de internautas – nunca é demais lembrar que as contas do instituto, marotas, incluem pessoas a partir dos três anos de idade.
Isso reforça minha sensação de que a rede é elitizada é que seus movimentos internos jamais podem ser tomados como termômetro do país, mas apenas dela própria.
Imperdível, o estudo é categórico no que diz respeito à importância do Brasil na região – respondemos por 35% de toda a audiência de internet da América Latina, com o México num distante segundo lugar.
A ComScore detecta que esse pelotão nacional em rede é jovem (68% têm entre 15 e 44 anos) e passa em média nove horas por mês na principal atividade nacional em linha, o uso de mídia social.
Os maiores anunciantes on-line do país são Dafiti e Netshoes, e o Facebook o destino preferencial dessa verba (o site experimentou um incremento de anúncios de 173% no último ano).
Google, Terra, Uol, Facebook, Microsoft, Globo, Yahoo, R7, iG e Abril são os principais donos da audiência num país em que o entretenimento, com larga vantagem sobre notícias e comércio eletrônico, comanda as preferências do internauta.