Imperícia jornalística alimenta corporativismo

Uma “reportagem” da revista feminina popular Viva Mais está provocando algum barulho em redes sociais por esses dias.

Em resumo, o texto incentiva as leitoras a se transformarem em fotógrafas “em um dia”, amealhando um salário inicial que pode chegar a R$ 4 mil.

Uma fonte mencionada na matéria foi à web para manifestar seu repúdio à forma como suas informações foram utilizadas pela revista. Bravo.

Porém, erra a mão ao acusar “desrespeito aos fotógrafos”, em vez de simplesmente provar (e ele prova, publicando a íntegra da troca de mensagens com o autor do texto) uma sacrossanta imperícia jornalística.

Qualquer coisa além disso é mero corporativismo. As pessoas nãoprecisam da Viva Mais para decidir fotografar – aliás, se é que você não reparou ainda, há montes de gente por aí registrando seu cotidiano, profissional ou amadorísticamente.

Agora só faltava acharmos que, para fotografar, é preciso pertencer a uma classe especial de pessoas. Bobagem.

O texto da revista é apenas mais uma lápide para o jornalismo. Fiquemos por aí.

 

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