Com a Gazeta Mercantil, que fechou as portas em 29 de maio de 2009, foi-se também no Brasil a tradição jornalística do uso do bico de pena, que teve em Conceição Cahú um de seus maiores expoentes.
O jornal praticamente não utilizava fotos – curiosamente, sua última edição estampava uma chamativa imagem a cores na primeira página. Seus entrevistados e os personagens do noticiário eram registrados por meio da sofisticada técnica de desenho.
A reprodução que você vê acima, resgatada pelo solerte Alexandre de Santi, é da capa de 12 de setembro de 2001 e, provavelmente, a única ilustração publicada pelo finado diário que não retrata uma pessoa – mas sim as torres gêmeas prestes a desmoronar.
Como desmoronariam, anos depois, o jornal e a própria técnica que notabilizou.
Alec, mas havia algum motivo específico pela predileção ao método? Abraços
Tiago, até onde sei era o projeto gráfico original, e que acabaria se transformando num patrimônio, uma marca do jornal.
Abs
Muitos colegas da Gazeta contavam que, ao se apresentarem à fonte pedindo uma entrevista, alguns empresários, antes de mais nada, perguntavam se iriam ser retratados no bico de pena…