Vejam os sinais: em julho de 2011 a CVM (que regula o mercado de ações no Brasil) já observava movimentações atípicas com as negociações em bolsa da Mundial, modesta fabricante de alicates e talheres do sul do Brasil.
Agora, a revista Exame diz que investigação da Polícia Federal concluída em maio revelou do que se tratava: um plano para bombar artificialmente os papéis da companhia que incluía a participação de uma assessora de imprensa (só para assinantes da revista).
O papel da jornalista, segundo a PF, era essencial: a assessoria divulgava fatos não confirmados e promovia encontros da mídia com diretores da Mundial para propagandear a suposta ‘nova governança’ da empresa.
O trabalho de divulgação – além de outros macetes mais, digamos, de mercado – deu resultado. Agora, descoberta a fraude, é muito provável que a ação deixe de ser negociada.
Não considero a jornalista vilã ou a agência para quem trabalho. Assessores de imprensas não têm a obrigação de funcionarem como auditores fiscais ou contábeis. Partem da assunção que estão operando para um cliente idôneo. Agem de boa fé. Ora bolas, se o Nem da Roc8inha me contratar comio assessor de impresa, aí sim eu sei com quem estou lidando. O resto, amigos, é papo furado.
Mário Chimanovitch
Mario, grato pela mensagem.
A reportagem diz que a investigação da PM identificou a participação direta da profissional no planejamento da fraude – para isso, usa vários e-mails como prova.
abs
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