O coleguinha Aguinaldo Silva, também novelista, contou à revista Veja como usa técnicas jornalísticas na criação de seus folhetins televisivos _até recortar notícias de jornal. Ele foi repórter policial de O Globo e trabalhou na edição pernambucana do Última Hora.
Sobre a revista, confesso que a capa me chocou.
Abaixo, trecho da entrevista de Silva.
A repórter inescrupulosa Marcela (Suzana Pires) é uma resposta aos jornalistas de que o senhor não gosta?
Não! Mas ri muito quando alguém escreveu que não existe jornalista como aquela. Ora, trabalhei 18 anos como repórter. Desde os meus tempos, existem as jornalistas periguetes nas redações. Geralmente, são as que casam com os editores.
A experiência de jornalista, então, ajuda o senhor no trabalho de novelista?
Digo que sou jornalista e estou novelista. O que faço nas novelas é jornalismo. Meus personagens têm lide: quando entram, já avisam quem são, o que são e a que vieram. Além de criar em cima do que vivi, tenho a mania de recortar notícias que podem render novelas ou tramas.