ATUALIZAÇÃO: Em entrevista ao The Holywood Reporter, uma jornalista do News of the World conta como era o modus operandi da redação em busca de escândalos.
Vladimir Safatle faz a pergunta certa em artigo na Folha desta semana: a questão sobre o “News of the World” e o escândalo de crimes travestidos de reportagens perpetrados por sua (ex) equipe, hoje, é menor. O que os leitores têm direito de saber é se há outros veículos que agem como o (ex) tabloide de Rupert Murdoch.
Decidir “quem vai ser exposto e quem será conservado, quem vai para a primeira página e quem vai para a nota do canto”, como fala Safatle, é trabalho de edição. A obtenção de informações anterior a esse processo é que precisa ser absolutamente ética.
E não posso, aqui, colocar a mão no fogo por ninguém. Muito menos devido à agenda atual dos meios, em grande parte contaminada pelo jornalismo on-line e a ascensão de qualquer bobagem ao status de notícia.
Queira ou não, é a nova ordem. Como se mobilizar nela, entretanto, continua a ser um procedimento tão antigo quanto conhecido.
Mais um exemplo da confusão entre jornalismo e propaganda.
Absoluta verdade, Sabine.