A burrice do muro do conteúdo pago não tem fim.
O caso do Wall Street Journal, então, detectado pelo professor Ramón Salaverría, é lapidar.
O veículo cobra por seu conteúdo (aliás, tem cerca de 1,3 milhões de assinantes pagantes), mas exibe as notícias _redigidas no clássico formato da pirâmide invertida_ com os primeiros parágrafos abertos a qualquer internauta.
Ou seja: o principal da informação é de livre acesso. Ainda mais numa estrutura de pirâmide invertida, na qual as coisas desimportantes figuram no pé, justamente o que o WSJ quer cobrar.
“É como se te dessem o carro e quisessem cobrar pelos tapetes”, diz Salaverría, que sentencia (com toda razão): “a pirâmide invertida não serve para quem cobra por conteúdo”.