Outro dia, conversando com o colega Netto Gasparini (o homem que concebe o desenho e põe nas páginas nossas matérias da editoria Poder, da Folha de S.Paulo), fiquei sabendo que ganhamos mais uma etapa no processo industrial de confecção de um jornal diário: o fotolito (filme em negativo que reproduz páginas do jornal) não existe mais.
Agora, da paginadora a página viaja para a gráfica e se transforma diretamente na chapa que será aplicada à rotativa.
Pergunte se esse novo salto conquistado graças ao avanço tecnológico se reverteu em tempo a mais para o horário de fechamento, ou seja, a conclusão da edição diária. Claro que não!
Esse continua sendo o maior mistério do jornalismo impresso: com a alta tecnologia, ganhamos tempo precioso em diversos aspectos (da logística à distribuição, passando pela transmissão de notícias e fotos rua-redação etc.).
No entanto, desde que comecei na profissão, em 1990, o horário de fechamento só recuou _hoje, nos jornais nacionais, não passa de 21h, com direito a mais uma edição, quando se atualiza o noticiário, fechada por volta de 23h.
Saudades dos tempos em que fechávamos um único jornal à 0h.
Alguém explica?
Vai ver, a culpa é da aceleração da rotação da Terra, que faz o dia diminuir de 24 horas para 16 horas, segundo o calendário Maia.
Felizmente, tudo acaba em 2012, senão o horário de fechamento acabaria recuando até as 15h.
Träsel,
Essa é a melhor explicação que já ouvi até hoje sobre esse mistério.
abs
Sabe o que eu acho pior nisso tudo: a edição “interior”, que fecha primeiro, não é editada com o mesmo “primor” da segunda. Eu, se fosse leitor dessas cidades, me sentiria preterido.
Falou e disse. Pra esse povo, o lixo.
bjs
ilustre,
sobre este assunto, acho que vale um pinga-fogo com o nobre Edgard Alves.
ele experimentou todas as chamadas “revoluções” no setor praticamente desde Gutemberg e tem bastante a acrescentar.
Ferrari,
Hahahaha, é verdade, faltou o personagem para ilustrar o post. Falarei com ele.
abs