Copa obriga regime fechado a travar contato com a imprensa livre

Um aspecto colateral (mas não menos importante) desta Copa do Mundo da África do Sul é a possibilidade de um regime fechado, caso da Coreia da Norte, travar contato com a imprensa livre.

Acostumados a declarações pasteurizadas e a pouco (ou nenhum) relacionamento com a imprensa, os coreanos são obrigados pela Fifa a ficar cara a cara com jornalistas pelo menos três vezes por semana nessa primeira etapa do Mundial.

Claro, os jogadores, certamente, estariam loucos para falar e, para eles, esses encontros são aguardados com ansiedade (embora, vigiados, não possam dar mais do que declarações padronizadas). Seus chefes, estes sim, é os que ficam de cabelo em pé.

Óbvio, roga-se que perguntas sobre Kim Jong-il, o ditador que comanda o país, sejam evitadas. O “Querido Líder”, afinal de contas, não pode ter o nome citado em vão…

2 Respostas para “Copa obriga regime fechado a travar contato com a imprensa livre

  1. Engraçado como a Coreia do Norte, com seu regime fechado, nos deu uma das melhores cenas da Copa: o choro de Jong Tae-Se. Achei aquilo emocionante.

    É interessante como a gente – pelo menos eu, até este jogo – costuma confundir governo e políticas com pessoas. Talvez seja este o pior defeito do regime deste país, que é não mostrá-los ao mundo com mais frequência, um papel que uma imprensa livre por lá poderia solucionar facilmente.

    • Marcio,

      Você tem razão. O regime não é o povo. Ao contrário, este é subjugado por uma força política que não respeita suas individualidades e faz o possível para “protegê-lo” das maldades que assolam o planeta. O choro de Jong Tae-Se, de certa forma, não deixa der também o clamor pela liberdade.

      abs

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