A moda do 3-D chegou aos jornais. O Philadelphia Inquirer anuncia o formato para sua edição de 13 de junho, um domingo. Cada exemplar virá acompanhado de um óculos especial.
Para mim, que tive gibi do Tio Patinhas em 3-D (com direito a óculos, claro), soa quase ridículo. Estou falando de pelo menos 30 anos atrás.
Trata-se de uma tecnologia muito antiga que, por motivos comerciais, voltou à voga, impulsionada pelo cinema.
Não por isso é menos divertida. Mas, ainda mais em se tratando de jornais, não passa de uma curiosidade.
O ditado popular “nada se cria, tudo se copia” revela a tática do Philadelphia Inquirer ao enviar os óculos 3-D aos seus leitores. É a tecnologia reinventada, assim como no mundo da moda. Resgata-se um modelito dos anos 60, mas que ainda é capaz de soar como uma novidade nas passarelas!!! Para as gerações que desconhecem o gibi do Tio Patinhas em 3-D, realmente achará que o jornal é inovador.
Conceição,
Muita coisa no mundo é cíclica, e acho saudável isso. A questão é não apresentarmos antiguidade como se fosse novidade, né?
abs
Exatamente. Se o objetivo é inovar, que ofereçam novidades, e não apenas “reinventem” as antiguidades!
Concordo com você! Acho que vender esse negócio de 3D como se fosse novidade (só por causa do sucesso do filme Avatar) soa como apelação demais, até mesmo para os moribundos jornais americanos.
O pior é que isso não está acontecendo apenas lá, alguns jornais europeus (como o belga La Derniere Heur) também apelaram para essa tecnologia.
Falei um pouco desse assunto lá no meu blog (http://garatujadigital.blogspot.com/2010/03/depois-do-cinema-3d-agora-vem-o-jornal.html) e, em resumo, acho que funciona bem com um conteúdo ou outro, mas não para o jornal inteiro.
Abraços.
Rodrigo, concordo contigo.
Ter o 3-D como uma das peças de atração do leitor é altamente válido. Apostar nisso como diferencial, porém, é um erro estratégico.
abs