Um simpósio realizado na sexta-feira pela Universidade de Wisconsin-Madison, nos EUA, debateu uma questão interessante: novos tipos de mídia exigem novos padrões éticos?
Sempre fui do time de Cláudio Abramo: a ética do jornalista é a ética do marceneiro, ou seja, nossos valores morais e éticos não podem ser diferentes dos de um profissional qualquer.
“O que o jornalista não deve fazer que o cidadão comum não deva fazer?”, pergunta Abramo. É bem por aí.
Em janeiro, a universidade já havia realizado outro encontro para discutir parâmetros éticos para as novas redações investigativas (em PDF) _com especial cuidado aos projetos sem fins lucrativos e/ou financiados pelo público.
Esse fenômeno é basicamente americano e, aí sim, pode representar um desafio à ética profissional no instante em que interesses outros que não os meramente jornalísticos poderiam estar por trás de pautas bancadas por doações.
Outra questão: em geral, os “patrões” neste modelo de jornalismo costumam ser os próprias jornalistas que produzem o conteúdo, uma integração perigosa entre funções que, estamos acostumados com isso, funcionam bem melhor em lados separados e bem distantes do front.
Obrigatório voltar a tema em breve.
Alec, esse post me fez lembrar de uma palestra em que o Henrique Antoun (@antoun13) disse que “jornalista é livre como um táxi”.
beijos
Sarita,
Muito bom!!! É bem isso.
bjs
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