Um levantamento entre os dez principais veículos jornalísticos on-line da Inglaterra transmite uma sensação estranha sobre o Twitter: o maior site de microblog (e a rede social talhada para o compartilhamento de notícias) não representa nem 1% do total de audiência deles.
Assim como o Facebook, o Twitter figura, claro, entre as 25 principais portas da entrada da audiência nas páginas britânicas analisadas, mas sem o protagonismo que a gente imaginava _no Brasil, dados supõem ser bem maior a influência dos sites de redes sociais no tráfego das páginas jornalísticas (em breve trarei aqui um resumo sobre o tema).
O Google (sempre ele) é a primeira fonte de tráfego em boa parte dos veículos britânicos analisados no levantamento. Na média, 45% dos acessos são genuínos, ou seja, partem de gente que vai diretamente aos sites, sem passar por intermediários. Interessante.
Fiquei curioso sobre a “influência bem maior” do Twitter nos sites noticiosos brasileiros. Até o ano passado, o Ibope lidava com o microblog como um serviço para “nicho” na web brasileira.
Muita gente dentro de uma sala pequena fazendo um barulhão. Rola um efeito panela de pressão, dá uma ideia de que o mundo inteiro está ali. Mas, quando vemos os números…
Acho que hoje eles têm uns 8 milhões de visitantes únicos/mês no Brasil. Ninguém vai desprezar, lógico. Mas não sei se chega a ser uma escala que chacoalhe o fluxo de internautas dos sites de notícia (ou que justifique todo esse oba-oba redação-twitter).
Quer dizer, fiquei curioso mesmo…
Aliás, rolou um caso engraçado ontem (quinta, 8) no site da Folha. Depois da entrevista do Ratinho com o Guilherme de Pádua, uma matéria de 2006 liderou a audiência por umas 3h http://www.folha.com.br/ct127056
Milhares de pessoas viram o programa e procuraram o nome do Pádua no Google. A primeira opção (até ontem) era essa entrevista da Folha.
Neste caso, o Google agiu apenas como uma ponte entre o SBT (“velha mídia”) e o site de notícias.
E o principal “referrer” do dia foi o… Ratinho!
(eita, o comentário ficou grande!)
Diógenes,
O Estadão assegura que o Twitter é a segunda porta de entrada de site, depois do Google. Eu acho que um Twitter bem administrado certamente incrementa o tráfego, porque suscita discussão. Por isso minha impressão de que, no Brasil, a influência é maior _além disso, a ferramenta não foi abraçada pelos britânicos, como os dados de usuários fazem supor. Muito interessante o caso que você contou, não foi a primeira vez, não é isso?
abs
eu não duvido que o Twitter seja a segunda porta de entrada do estadao.com.br. eles têm uns 3 milhões de visitantes únicos/mês, nenhum portal por trás (g1<globo.com, folha online<uol). faz sentido.
mas, claro: o twitter não é algo para ser ignorado. e nem tudo é contar cliques. (espero)
só acho engraçado como um lance tão antihype e antiweb quanto o ratinho pode movimentar internautas com mais velocidade e violência do que o twitter (que é o hype do momento).
ps.: como surgiu uma carinha de óculos no meu último recado? haha
abs, parabéns pelo blog!
Hahahah, a carinha às vezes aparece mesmo. Paus da versão WP que estou rodando…
Nem tudo é contar cliques, definitivamente, é minha frase de cabeceira. É bem por aí, vamos experimentar, fazer coisas diferentes, de repente até descobrir que Ratinho é um verdadeiro mobilizador de massas na web… A gente se surpreende todos os dias com essa plataforma, não?
Ah, e obrigado: eu que agradeço pela participação que eleva o nível dos temas que diariamente levanto por aqui.
abs