Porque os jornais não usam a tecnologia para deter o plágio?

O episódio de plágio revelado esta semana pelo Painel do Leitor da Folha de S.Paulo _o presidente do PTB, Roberto Jefferson, republicou como se fosse seu um artigo do filósofo Olavo de Carvalho_ casa perfeitamente com texto recente de Craig Silverman que tenta entender o porquê de os jornais caírem tanto nessa trapaça.

“As redações estão mais interessadas em identificar quem está roubando seu conteúdo do que assegurar que o que estão publicando é original”.

É exatamente isso.

Silverman discorre sobre alguns serviços de detecção de plágio _vários deles não passaram pelo crivo de uma pesquisadora alemã, que apontou uma alarmante incidência de “falsos positivos”_ que seriam muito melhores se os clientes (ou seja, os jornais) complementassem a base de dados com seu próprio conteúdo.

Copyscape e SafeAssign são alguns destes serviços, e muitas vezes custam centavos por operação. Mas gastar não está na ordem do día da velha mídia. Melhor, talvez, seja comprometer sua credibilidade.

Assim como ocorreu com texto de colaborador eventual, acontece todos os dias no noticiário. É triste, mas é a realidade (e global).

6 Respostas para “Porque os jornais não usam a tecnologia para deter o plágio?

  1. Males da era “Copy & Paste” … Hora de o jornalismo rever conceitos!

  2. Se a Folha tivesse se dado ao trabalho de colocar os artigos da sua página 3 no Google teria facilmente encontrado o texto do filósofo Olavo de Carvalho. Até o meu professor na faculdade fazia isso.

  3. Claro que Google não resolve tudo professor! rsrsrs… Mas é um dos caminhos. E de qualquer forma, o importante seria achar um mecanisno de checagem, certo?

    • Sem dúvida, Tati.

      A checagem de porções (ou blocos) de texto é uma das críticas que se faz aos detectadores de plágio na web (digo, aos softwares especializados nisso). Ou seja, eles não pegam a cópia como um todo e muitas vezes dão falsos positivos (como no caso de frases ditas em coletivas e repetidas exaustivamente em vários meios). Mas é um caminho, sem dúvida.

      abs

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