Os aplicativos para iPhone começam a bombar a audiência dos jornais franceses. O assistente de leitura do Le Monde, por exemplo, chega a ter 250 mil consultas diárias _o que representa pouco menos do que a tiragem da edição impressa atualmente.
Le Figaro e Libération, os outros jornais importantes do país, conseguem atrair ainda mais público (respectivamente 600 mil e 400 mil usuários diários).
Vem de dispositivos móveis 15% da audiência na web de uma editora que publica revistas populares e femininas (como Télé 7 Jours, sobre TV, e Elle).
São números eloquentes, mas que escondem um erro: os veículos estão fazendo pouco (ou nenhum) dinheiro com esse hype todo. O problema foi ter adotado o serviço sem previsão de cobrança. Ora, os serviços via telefonia móvel são justamente aqueles que as pessoas sempre estiveram habituadas a pagar.
Lembrando que a França, via Minitel (o bom e velho teletexto), sempre esteve na vanguarda da distribuição de conteúdo por telefone.
Agora, que receberam de graça, o mal já está feito. Será muito difícil monetizar produtos que naturalmente deveriam custar alguma coisa e que, erroneamente, foram cedidos sem ônus à audiência.
Quando eu comecei o curso de Biblioteconomia e estávamos estudando sobre as redes de catalogação cooperativa, tanto no Brasil como no Exterior, nos foi apresentado o Minitel.
Realmente uma vanguarda!
Em termos de disponibilização de dados de catalogação cooperativa, o Bibliodata no Brasil foi o pioneiro nos anos 70, e amplamente utilizado hoje em dia.
Quem trabalha com disponibilização de conteúdo independente do fim tem que pensar sobre a monetização sim, o cd do Bibliodata tem uma assinatura hoje que custa cerca de cinco mil reais, ou seja, quando vence a assinatura você tem que renovar se quiser continuar com o conteúdo.
Abraços!
E a publicidade nesses assistentes de leitura, a quantas anda?
Boa pergunta, Thássius.
Minúscula. Não deu dinheiro ainda.
abs