Uma informação a quem carrega, para 2010, esperanças no Projeto de Emenda Constitucional (PEC) que restitui a obrigatoriedade do diploma de jornalismo para o exercício da profissão: o governo Lula já trabalha com a informação de que o contrabando será vetado liminarmente pelo mesmo STF que já havia expurgado essa herança maldita.
A estratégia desse povo agora, e sob a luz da Confecom, aquela aberração, é conseguir uma espécie de casuísmo no Ministério do Trabalho, onde se registrariam os profissionais de jornalismo, o que possibilitaria, claro, a realização dos desejos persecutórios do grupo político que agora está no poder e que, estivesse na oposição, combateria até a morte essa espécie de ditadura mal posta e mal discutida.
O público, e o caldeirão da conversação, ainda é o melhor tribunal da mídia (formal ou social). E há ainda os códigos Civil e Penal, para punir os abusos. Não precisa mais. Tenha caráter, e isso basta.
Galerinha tosca. Vivem num universo paralelo mesmo. Ao menos, se tivessem a decência de admitir que o pior jornalismo do mundo civilizado é feito aqui… se restasse a mínima capacidade de ver que isso foi provocado por essa obrigatoriedade extinta…
Você acha mesmo que se eles estivessem na oposição combateriam? Os sindicatos sempre foram próximos a eles, e o que eu sofri com o sindiqaeda gaúcho durante o governo FHC não tá no mapa.
Marcelo,
O sindicalismo sugere, antes de tudo, atraso. É a eterna preocupação não com o trabalho, mas com a obstrução a ele. Mas eu aposto que, estivesse na oposição, esse mesmo grupo política atacaria diversas das propostas como ‘autoritárias’ ou ‘antidemocráticas’.
abs
Mas é exatamente esse o ponto, Alec. Caráter. Pelo menos metade desse pessoal que tá na empreitada do diploma tem sérios problemas de caráter.
É triste saber que essa novela ainda não acabou. Bando de viúvas, que acham que um pedaço de papel é mais importante que um conjunto de valores morais.
Para escrever um bom texto, manter um blog, para comentar um fato da atualidade, para apresentar programas de tevê não é preciso diploma de jornalismo. Mas o jornalismo é muito mais do que isso. Quem passou pela universidade, se esmerou lá e continua se aprimorando profissionalmente sabe do que estou falando.
Caráter vem de berço, se aprende em família, mas técnica e conjunto de normas e a chamada ética profissional se aprende na universidade. Isso é fato, não é discurso corporativista.
Aproveito para lembrar que Boris Casoy não é formado e é um ferrenho defensor da não obrigatoriedade do diploma. Ou seja, bons e maus, éticos e canalhas, sempre existem nos dois lados do campo de batalha. Forçar essa dicotomia entre o bem o mau não ajuda em nada a qualificar o exercício do jornalismo que se faz no Brasil. O buraco é muito mais embaixo.
Niara,
Eu insisto que ética professional é ética, a mesma q se aprende em casa. Ainda acho tb que técnica e conjunto de normas não se aprende necessariamente na universidade. A universidade é um lugar para se discutir rumos.
Sobre Boris Casoy, ele não é formado também por exercer o jornalismo ainda antes da lei de imprensa. Mas é curioso pq já se conhecia seu reacionarismo. Agora, ao atingir garis, ao menos isso vazou para o grande público.
abs
QUE BOBAGEM GENTE.. POR MAIS QUE DEMORE E QUE SEJA BOICOTADO O DIPLOMA VOLTA, OU ACABA A PROFISSÃO.
ABRAÇO A TODOS.
Discordo, Vilnei.
A profissão não depende do reconhecimento de um diploma específico. Aliás, foi por causa disso que ela mergulhou no fundo do poço.
abs
Alec, concordo plenamente com você! Acho que a ética é algo que se aprende em casa, pois existem pessoas que passam pela universidade e não fazem idéia do que se trata. Outra coisa, seria muito estranho alguém querer ser escritor e precisar de um diploma pra isso. Onde fica a liberdade de expressão??? Os grandes jornalistas europeus não passaram pelas universidades e continuam fazendo seus trabalhos plenamente. Beijos
É isso aí, Bruna. Trata-se de atividade intelectual e que precisa de absoluta liberdade para seu exercício.
bjs