Esta notícia confirma outra tendência de 2009: os dispositivos móveis se converteram na principal forma de acesso à internet (consequentemente, de envio de notícias) em países em desenvolvimento.
Jacinto Lajas discorre com propriedade sobre o que está acontecendo agora mesmo na África, continente em que acesso discado é realidade, e banda larga, um luxo.
O texto elenca alguns projetos colaborativos importantes que estão em curso, e incensa o Ushahidi _agregador de conteúdo cidadão com ênfase na mobilidade.
A rede celular, mais do que qualquer outra coisa, está incluindo as pessoas nas redes digitais. E acelerando processos de comunicação que, no jornalismo, são bem-vindos e determinantes para a democratização do exercício da função.
E os jornais brasileiros ainda na era do SMS e das páginas toscamente adaptadas…Uma vergonha.
Marina,
Pois é, sugerir um streaming ao vivo via celular, a um repórter de jornal impresso, ainda parece uma ordem dada às tropas estelares de Guerra nas Estrelas… Temos muito a avançar, mas chegaremos lá (eu creio nisso).
bjs
A resposta usual é “stri o quê?”. Também creio nisso.
Hahahahah, bem por aí.
Alec Duarte, as experiências com ênfase em mobilidade emergem pelo mundo. No Brasil temos alguns casos exitosos. Mas, de fato, ainda há pouco investimento nos grupos de comunicação. Infra-estrutura para streaming, para colocar o repórter realmente na rua com condições de atuar em todo o processo jornalístico (apuração, produção, envio ou streaming do material) . Há, na minha percepção, três questões: 1.Falta de estratégias para implantação de projetos nesse sentido ou mesmo de conhecimento do potencial instalado; 2.Resistência de alguns profissionais para o trabalho em ambiente de convergência; 3. Custo operacional. Este último pode ser irrelevante para alguns grupos que se utilizam de parcerias, de planos corporativos para aquisição de equipamentos e uso de redes sem fio.
Este exemplo da África demonstra que a produção e o consumo de informações por celulares é uma realidade de agora. O crescimento exponencial do número de celulares habilitados no Brasil e no mundo surpreende e identifica claramente que não dá mais para pensar comunicação sem pensar nas plataformas do jornalismo móvel, internet móvel ou outra denominação que venham a cunhar.
forte abraço amigo e parabéns pelos posts instigantes que sempre aportam no blog.
Fernando,
Eu fiz questão de ressaltar esse caso da África pq ele demonstra claramente que nosso problema são os itens 1 e 2 do teu diagnóstico. Se a África pode, é claro que também podemos. Porém falta interesse dos grupos de comunicação e dos profissionais envolvidos, estes sempre habituados a um ambiente paternalista em que lhes dizem o que fazer o tempo todo.
Saudações e grande 2010!