Pelo menos 15 mil jornalistas já perderam o emprego neste ano nos EUA. A cifra está bastante próxima de igualar (ou até mesmo superar) o banho de sangue do ano passado, quando 16 mil colegas foram para o olho da rua.
Alan Mutter, autor de brilhante estudo que relaciona a penetração da banda larga residencial ao declínio das tiragens dos veículos impressos, faz uma reflexão não sobre quem já estava no mercado, mas que diz respeito a toda uma geração de jornalistas que está saindo das universidades e, agora, encontra muito mais dificuldades para começar na profissão numa única função _é a profusão de frilas substituindo o trabalho regular numa redação.
Para ele, a sociedade como um todo sentirá essa lacuna. “Essa perda”, diz ele, “privará, no futuro, os cidadãos dos insights que só podem ser entregues por profissionais que se dedicam a um trabalho”.
Impressionante como a área de Jornalismo está sofrendo o impacto das novas tecnologias.
Meus questionamentos são variados, envolvendo o mercado e a área de ensino:
1) Será que as empresas não fizeram previsões!?
2) Porque o Jornalismo não pode ser repensado em outras bases, com cooperativista!?
3) Os governos deveriam igualmente repensar as concessões, para permitir uma democracia em outras bases informacionais;
4) E as escolas: porque não criar parcerias e grupos de pesquisa que apontem para saídas que possam virar parâmetros, leis e mesmo ações que garantam uma nova vida para esta área tão importante.
A impressão que fica é a do darwinismo, que é mais cruel que inteligente;
Willweb