100 anos de infografia

O brutal crescimento do tráfego marítimo no Brasil infografado pela edição de 18 de agosto de 1909 de O Estado de S. Paulo

O brutal crescimento do tráfego marítimo no Brasil infografado pela edição de 18 de agosto de 1909 de O Estado de S. Paulo

O entendimento de que um infográfico deve usar conceitos de comparação e proporcionalidade é muito antigo, como prova gráfico publicado no jornal O Estado de S. Paulo na edição de 18 de agosto de 1909 (é o que você vê acima).

A relíquia está na web graças ao blog dos 100 anos que o jornal paulistano colocou no ar há semanas _e que poderia muito bem ser monetizado, desde que oferecido editado por temas e empacotado num outro formato. São poucos os conteúdos jornalísticos que podem ser cobrados na internet. Este é, certamente, um deles.

"Origem e Evolução dos Gráficos na Espanha, 1856-1936", Fermín Vílchez in Malofiej 14

"Origem e Evolução dos Gráficos na Espanha, 1856-1936", Fermín Vílchez in Malofiej 14

Chiqui Esteban, diretor de novas narrativas do jornal on-line espanhol La Informacion, notou que essa produção do Estadão de cem anos atrás era bem parecida com o que se publicava na imprensa de seu país 20 anos depois (imagem ao lado).

O último grito: o infográfico em ondas do NYTimes, bom apenas porque é do NYTimes

O último grito: o infográfico em ondas do NYTimes, bom apenas porque é do NYTimes

Daqueles para a moda do gráfico em ondas difícil de entender mas considerado brilhante por ter sido executado pelo New York Times não foi um pulo. Demorou. Muitíssimo.

Como não foi menos árdua a chegada a trabalhos como os que reconstituem o acidente com o voo 3054 da TAM, infográfico mais acessado da história do El Pais.

Contra este último, o uso de linguagem de videogame para espetacularizar a notícia. De informação, pouco _ou nada, se levar-se em conta a situação em que o infográfico foi ar, sem vídeos ou áudios complementares adicionados bem depois.

Velho ou novo, o importante é que o infográfico não perca seu sentido de existir: expor, com clareza, dados que facilitem a compreensão da notícia.

5 Respostas para “100 anos de infografia

  1. Tem gráfico daquele tempo explicando a evolução da cretinice do Sarney?

  2. Eu particularmente gosto de gráficos, tabelas e os infográficos para compreender melhor as notícias.
    Gosto muito dos que a Super faz.
    Acho muito interessante esse tipo de recuperação histórica.

  3. Tenho que admitir que sou uma fã de infográficos. Embora leia as notícias e goste disso também, se tiver um infográfico bacana, como os publicados no G1, por exemplo, vou direto a eles.
    Agora o que eu gostei mesmo foi de ler o comentário a respeito do gráfico de ondas. Vários amigos meus comentaram essa semana o quanto era bom, isso e aquilo, saiu no NYTimes, eu já estava me sentindo um alien por não ter gostado! Ufa, não sou a única! hahaha

    • Hahahahha, Juliana!

      E não é? Ouve-se tanto elogio àquilo que acabamos entrando na espiral do silêncio, ou seja, quem discorda fica quieto temendo represálias da turba. Sinto muito: eu não entendo o gráfico em ondas e acho que ele não cumpre o primeiro objetivo quando resolvemos dispor informação em forma ilustrada, que é a clareza.

      abs

  4. Pingback: As origens do jornalismo visual | Webmanario

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