Sensacionalismo nosso de cada dia

Admito que se trata de uma situação atípica (ainda em férias, acompanhei bem por alto o noticiário).

Mas começou com Galvão Bueno, profissional que considero o mais competente da crônica esportiva televisiva nacional. Ao ver Felipe Massa ser embarcado num helicóptero rumo ao hospital após o insólito incidente em Hungaroring, disparou “vai, Felipe. Que deus te leve e que deus te traga com saúde” _a transcrição não é literal.

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Agora há pouco ouvia Milton Neves, na rádio Bandeirantes, dizer que lembrou-se imediatamente de Ayrton Senna ao ver “um lençol” ser estendido durante o atendimento ao piloto brasileiro.

Para quem estava bem longe da notícia, meu caso, soou demais a sensacionalismo.

8 Respostas para “Sensacionalismo nosso de cada dia

  1. Ontem, no JN, nos três ou quatro minutos do link direto do hospital, Galvão Bueno e William Waack falaram em Deus umas três ou quatro vezes também.

    Claro que esse remete ao outro acidente, mas evocar Deus nessa hora, por exemplo, poderia ficar subentendido, não?

    • Mariane,

      eu acho. Não é função jornalística. Pedir orações etc, citar divindades… sei lá, desta vez minha opinião foi bem como espectador/ouvinte, não acompanheiro o desenrolar dos acontecimentos. Mas me passou essa impressão.

      bjs

  2. Não ouvi o MN. Mas a frase referente ao Galvão é quase literal, sim.
    Percebi, em alguns sites especializados em automobilismo que tentaram jogar pro sensacionalismo também: num primeiro momento, com títulos (e links no twitter, por exemplo) alertando para a declaração do diretor-médico Peter Bazso, do Hospital AEK-Budapeste, que “teria dito” sobre o risco de morte do Felipe.
    A matéria mais centrada que li ontem foi do Lívio Oricchio, no Estadão. Até a Folha, que tem excelentes jornalistas esportivos, achei um tanto sensacionalista em algumas matérias.
    abs

  3. Se oração ajudasse, ele não precisava da melhor medicina do mundo. Crença é neurose privada. Relgião: coletiva. Liberação de canal de TV e rádio é problema do estatal; o estado é, em tese, laico. Então, essas pessoas deferiam buscar ajuda psicológica e longe dos meus ouvidos.

  4. Imediatamente após o acidente, é de se entender que o locutor esteja meio abalado devido ao conterrâneo e amigo que está com dificuldades.

    No entanto, a evocação religiosa durante o “Jornal Nacional”, horas mais tarde, foi desnecessária. Os jornalistas em questão já deveriam estar mais calmos para dar notícias sobre a situação.

  5. Pessoas mais sensatas, buscaram outras fontes, Livio Oricchio, por exemplo, é bem mais F1 que Galvão Bueno.

    Qualquer fato que se caracteriza notícia deve ser contado de forma verídica sem omissões, por isso considero normal o destaque das notícias envolvendo Massa, até por ele ser um ícone nacional. Não vi nada para caracterizar esse caso um sensacionalismo não.

    Agora, Galvão Bueno, é narrador, não faz crônica esportiva, ele, em vão, tenta nas transmissões… mas nada que o caracterize. Tem gente na própria TV Globo que faz crônica esportiva bm melhor do que ele.

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