
Capa do Diário de São Paulo em 2 de junho de 2009
O ponto de partida destes posts que discutem o novo papel do jornal impresso foi coluna do ombudsman da Folha de S.Paulo, Carlos Eduardo Lins da Silva, relatando cartas de leitores que se queixavam de que o veículo não avançou informações conhecidas de antemão, e por outras mídias, no caso do acidente com o Air France AF447 no Atlântico.
Leia também: Aconteceu ontem: análise e opinião resolvem?
Aconteceu ontem: como avançar sem desinformar
Aconteceu ontem: alguns escritos sobre o estado do jornal impresso
Aconteceu ontem: nada mais desatualizado do que o jornal de hoje
Opine: um jornal precisa de manchete todos os dias?
O colega José Renato Salatiel, em seu Reunião de Pauta, fez um exercício de “jornalismo comparado” ao tratar do mesmo tema e das capas de jornais e revistas. Exibiu a capa reproduzida acima, do Diário de São Paulo, que sem dúvida foi a mais criativa do dia _apesar da cafona opção pela disposição da chamada em formato de fuselagem.
Essa escola de disposição visual, notabilizada pelo Jornal da Tarde na década de 80 (ficou célebre a foto da criança chorando, transformada em capa, após a derrota do Brasil para a Itália na Copa do Mundo de 1982), foi praticamente abandonada de lá para cá.
Nesse meio tempo, os jornais encaram um problema mais sério: sua gradual desimportância em comparação com outras mídias, notadamente a internet, que antecipam as informações antes exclusivas do jornalismo impresso _e aí a mídia em papel não sabe bem como reagir.
Como prometido, amanhã prosseguimos com a relação, bem próxima, entre on-line e impresso.
Poesia concreta? ;-D
abração, moço!
Ana,
Hahaha, parece mesmo. Ficou muito ruim, apesar da tentativa…
bjs