A gripe suína e a falta de contextualização no jornalismo

Isso aqui está quicando há alguns dias na rede, mas só agora me animei a escrever sobre.

É um vídeo que dá conta, com base em números oficiais da Organização Mundial da Saúde, que 31 pessoas morreram de gripe suína (ok, de influenza A H1N1) entre 24 de abril e 6 de maio deste ano.  No mesmo período, as mortes por tuberculose superaram 63 mil.

O que isso significa? Antes de mais nada, que na maioria das vezes falta ao jornalismo dimensionar o assunto que está se tratando. Colocados lado a lado, muitas vezes os números perdem todo o seu glamour.

Eu até admito que, neste episódio da nova gripe, como as Organizações Globo apelidaram por conta própria a doença, não foi possível detectar sensacionalismo perante o desconhecido.

Mas claramente faltou informação sobre a baixa letalidade da enfermidade, o que provavelmente poderia ter reduzido os episódios lamentáveis de pessoas usando máscaras a milhares de quilômetros de algum foco real do problema.

Uma resposta para “A gripe suína e a falta de contextualização no jornalismo

  1. E a gripe comum também matou milhares, como mostrou a CNN logo no começo do surto (e do pânico, à época) : http://novoemfolha.folha.blog.uol.com.br/arch2009-04-26_2009-05-02.html#2009_04-29_18_01_04-11540919-0. Outra pauta quicando, que acho que os jornais brasileiros não aproveitaram.

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