O jornalista cidadão (aquela testemunha ocular que, por estar no lugar certo e na hora certa, registra alguma notícia relevante) terá de pagar imposto nos Estados Unidos. O entendimento é do Internal Revenue Service, a Receita Federal deles.
Justo o cidadão repórter, que normalmente não recebe nada ou muito pouco por sua colaboração.
Há uma controvérsia na decisão: juristas entendem que quem deveria pagar a taxa _prevista a partir do montante de US$ 12 mil_ são as empresas noticiosas que se beneficiam do conteúdo produzido pelo usuário.
Dan Gillmor, um dos pioneiros a detectar a incrível revolução que a era da publicação pessoal trouxe ao jornalismo tradicional, acha que a taxação pode representar um significativo atraso na evolução do fenômeno.
Agora, uma pitada: se há algum jornalista cidadão que ganhou mais de US$ 12 mil num ano com colaborações, sempre mal pagas e desconsideradas, ele é uma exceção. Talvez tenha conseguido o valor numa única tacada, ao flagar a enésima vez que Britney Spears mostrou a calcinha (ou a ausência dela).