No primeiro plano de ensino que concebi para um curso acadêmico, de gêneros jornalísticos, cometi a desfaçatez (foi o que ouvi de colegas) de incluir a narração ao vivo (ou “live blogging”, como queiram) na lista que incluía os já manjados texto noticioso, reportagem, entrevista, editorial, artigo, coluna etc…
Polêmico, mas hoje o assunto já é discutido com mais maturidade. Afinal, as narrações ao vivo de eventos (sejam quais for, de partidas esportivas a seminários corporativos) pululam e não deixam de ter o seu quê de estilo e funcionalidade. Isso sem contar a explosão do microblog, que na época daquele modesto curso era um prematuro na incubadora.
Agora Paul Bradshaw, do Online Journalism Blog, insinua a possibilidade de a blogagem em si entrar no rol das vertentes jornalísticas capazes de merecerem o carimbo de gênero.
E por que não?
Desde que sejam blogueiras, né? Aquela velha história: não adianta transpor colunismo em papel para o on-line emprestando para isso, apenas, a ordem cronológica inversa de publicação. O texto jornalístico, para ser considerado blog, tem de incitar a conversação, promover o diálogo, apresentar o que a blogosfera (ou alguma parte dela) fala sobre o assunto.
Se for assim, estou dentro.
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