O fim do jornal impresso em papel já é uma discussão real na profissão. Mas e o fim da Redação (enquanto um espaço físico que reúne jornalistas e equipamentos)?
Será que o avanço tecnológico já não tornou possível o trabalho dos “mojos” (mobile journalists, ou “jornalistas móveis”) longe de um escritório? Afinal, o repórter cobre sua história, escreve, fotografa, faz vídeos e envia ou publica tudo isso por meio do celular ou de uma simples rede wifi.
Logo, o papel da Redação como um centro integrado de informações e também de tecnologia de publicação deixou de existir.
O Editor’s Weblog diz que, para cortar custos, o “The Record in Hackensack“, jornal de New Jersey (EUA), já usa a Redação apenas para o indispensável. Stephen Borg, seu editor, se enxerga num mundo em que os repórteres trabalham todo o tempo fora do escritório.
A conta da economia é o maior ingrediente de convencimento: o “The Record in Hackensack” estima que deixará de gastar, por ano, US$ 2,4 milhões em conta de luz e equipe terceirizada de limpeza, por exemplo.
Aqueles que precisam da Redação como um escritório, para receber uma fonte, por exemplo, fazem uma reserva de mesa, como num restaurante.
Eu, e já faz tempo, acho totalmente desnecessário (ainda mais em cidades-monstro como São Paulo) obrigar as pessoas a se deslocar para usar um computador ou um telefone, coisas que todos possuímos em casa.
Antigamente, você só estava informado se fosse à Redação. O mundo mudou, mas muita gente ainda acha que jornal se faz socando as pessoas dentro de um ambiente insalubre. Tsc tsc tsc…
ai, alec, me chame de arcaica. mas acho o ambiente de redação indispensável para trocar idéias sobre matérias, pautas e até bobagens.
Clarissa,
A questão é que as bobagens e fofocas estão em primeiro lugar. Não gosto de pegar uma hora de trânsito para ouvir bobagem. Pautas e matérias poderiam ser discutidas via calls, não?
bjs