Ainda na linha “o que suas operadoras de celular querem fazer por você (para ganhar mais dinheiro, claro)”, a Orange, principal empresa de telefonia móvel da França, já está testando desde 20 de abril o “e-paper”, ou papel eletrônico.
O assunto é legal porque junta conteúdo para ambientes portáteis e o fim dos jornais impressos, dois dos assuntos prediletos deste site.
O papel eletrônico da Orange, batizado de Read&Go (vídeo), tem capacidade para armazenar cerca de 200 jornais ou 30 livros. No vídeo fica claro que se trata de um palm top ampliado _a versão da foto acima, maleável, é mais charmosa.
Para fazer o bicho funcionar, a Orange trabalha com a tecnologia 3G associada ao wifi. É aí que essas empresas vão encher o cofre. Lembram? Mais tecnologia, mais e melhores aparelhos. Mais caros, que permitem maior tempo de navegação e uso de mais recursos. Contas maiores ao final do mês, resumindo.
O modelo francês (150 pessoas vão testar o “papel” por pelo menos dois meses) começa esquisito no que diz respeito ao conteúdo, porque publicações estão esfregando as mãos e anunciando pacotes móveis que podem beirar os 800 euros anuais. Enquanto isso, o mundo discute e se encaminha para a supremacia do US$ 0, ou seja, do grátis.
Quem está disposto a pagar por conteúdo levante a mão. Ninguém, né?
Alec, respondi seu comentário, acho o diálogo muito pertinente. Também estou aproveitando o Twitter em sala de aula, vamos ver no que dá. E, falando em livro, sabe que todas essas idéias de uso de softwares e tecnologias em escolas de jornalismo daria material interessante para um? Quero dizer, são idéias que dispersas – com boa dose de generosidade- em blogs como o seu e de outros colegas. Acho que valeria a pena juntar essas experiências em um livro convencional (ou não tão convencional assim). “Jornalismo 3.0”? Abs.
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